O que é Transformação Digital?

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Em essência, o termo Transformação Digital vem sendo usado para descrever os desafios das grandes empresas em se adaptar ao mundo de hoje e ao que chamamos “Era Digital”.

A Era Digital é o período de mudança profundas em diferentes dimensões sociais humanas provocadas pela incorporação da tecnologia na nossa vida. Mudanças na forma de se comercializar, produzir, construir relacionamentos, aprender são algumas dimensões da vida impactadas pela tecnologia. Mudanças tão profundas aconteceram poucas vezes na história da humanidade, por isso, o momento em que vivemos pode parecer assustador ou difícil de adaptar.

Esse novo mundo impõe valores e condições inéditas ao sucesso das organizações, da estratégia à produção, passando pelo relacionamento com o cliente e funcionários, ele invoca o que vem sendo chamado como processo de Transformação Digital. Para pensar Transformação Digital, você precisa estar preparado para reconstruir a proposta de valor do seu negócio, o processo de interação com cliente, remodelar a governança e estrutura da empresa. Por isso, o termo que inicialmente era aplicado à incorporação de tecnologias nos processos, agora representa algo maior e mais estratégico.

Estratégia é a palavra certa para começar. Em um estudo do MIT de 2015, as organizações consideradas mais digitalmente maduras, tinham uma visão clara de que a Transformação Digital redirecionaria seu negócio como um todo, o que é diferente de solucionar problemas ou tornar digital partes do negócio.

Ao ver a questão como um desafio de negócio, entendemos seus impactos na cultura da empresa e nos processos, por exemplo. Buscar uma transformação de negócio requer assumir riscos, preparar seus funcionários para isso, utilizar novos parâmetros para construir novos processos. Tecnologia é uma ferramenta para viabilizar essa visão, e não o contrário. Por isso, as pessoas são um elemento chave para que as organizações tenham êxito na era digital, em todos os níveis.

Como elemento fundamental do processo de transformação digital, as pessoas tem se tornado o ponto principal de desequilíbrio do mercado. O mesmo estudo do MIT aponta que os talentos buscam empresas digitalmente maduras para trabalhar, pois essas refletem melhor a visão de mundo que eles próprios possuem, se tornam ambiente mais propício à realização de seu potencial e crescimento. Assim, empresas que não estão entendendo o desafio estratégico de negócio imposto pelo mercado, não comunicam internamente sua visão de futuro na Era Digital, começam por perder os talentos que justamente poderiam ajudá-las no processo.

Ainda que a visão esteja na alta gestão, e que um processo seja feito de maneira “top-down” e que a empresa, em um extremo, esteja disposta a reconstruir seu quadro de funcionários, dificilmente achará gente pronta no mercado para tantos desafios. Por esse e por tantos outros motivos, após o entendimento da estratégia de negócio, desenvolver as pessoas e com isso a cultura é algo de que não se pode escapar.

A Cultura vem sendo listada entre os 3 a 5 maiores desafios desse processo . Novas formas de tomar decisão, novas pessoas, novas formas de fazer e interagir dentro da empresa são alguns motivos, mas não o principal. O desafio do RH que, na maior parte das empresas nunca teve espaço para se posicionar como elemento estratégico, agora precisa ser sócio do negócio, participar ativamente da visão e proativamente ajustar seus parâmetros para viabilizar a sobrevivência dos líderes digitais dentro das empresas.

Finalizo com o elemento intuitivamente inerente ao processo: a inovação. O processo de transformação digital finalmente colocou a inovação em seu devido lugar – no meio, não no fim. Para apaixonados por inovação como nós, nada mais frustrante do que atender empresas que tratam a inovação como fim, porque dessa forma ela não é seguida pelos modelos de negócio e transformações que podem potencializar seus resultados. Mas, como requisito para viabilizar o processo de transformação digital a inovação ganha espaço e ajuda a gerar valor de forma mais tangível.

Existem muitas formas de viabilizar a inovação, seja desenvolvendo internamente seja trazendo de fora. Temos tido sucesso em combinar essas estratégias no que chamamos Startup Challenges, lançamento de projetos internos ou externos a partir dos desafios do negócio que são desenvolvidos de forma ágil (acelerados) com uma metodologia própria e sistemática, focada nos resultados. Programas que desenvolvem projetos de inovação internamente, com metodologias lean aplicadas pelas startups, são poderosos em incorporar um novo sovoire-faire em times multidisciplinares, desenvolvendo novas formas de trabalhar, tomar decisões, novas competências (visão de negócios e mercado, ou “espírito de dono”, assumir riscos, etc) e construindo um ambiente laboratorial do que pode ser a nova cultura, a partir do qual as práticas de comportamento ganham força e podem ser generalizadas.

Mas existem armadilhas típicas desses programas de startups ou projetos internos que mostram as fronteiras da visão estratégica das empresas: inviabilizar a implantação dos projetos, incapacidade de priorizar ou criar caminhos para esses empreendedores internos (ou melhor, deixá-los criar esses caminhos), falta de visibilidade interna dos projetos e das lideranças que poderiam atuar como exemplo, dificuldade em reconhecer as pessoas que estão gerando resultados de forma que elas efetivamente se sintam reconhecidas (notem que não utilizamos o termo recompensa) são algumas barreiras ao sucesso desse tipo de ação..

Programas de aproximação com startups são um excelente atalho para incorporar tecnologia. Esses empreendedores já romperam para as empresas muitas barreiras que ela demoraria anos para romper, principalmente a de visão de oportunidade ou de Dilema da Inovação . São apaixonados pela tecnologia, pelo negócio e pela oportunidade e são capazes de criativamente trazer soluções para incorporar suas tecnologias. Os desafios nesse ambiente, entretanto, vão desde a contratação (já que essas empresas startups muitas vezes não se enquadram nos “requisitos do compras”) , o estágio de desenvolvimento da empresa e quanto ela está pronta para atender seus clientes, o nível de risco, a comunicação entre eles e diferenças de expectativas, entre outros.

Mas, o ponto de cuidado mais importante é a qualidade do empreendedor por trás desse novo negócio em fase startup. Bons empreendedores conseguem enfrentar os desafios junto com você e de fato gerar valor, empreendedores ruins podem desistir e te deixar na mão. Separar os bons empreendedores dos fracos é um trabalho tão sério quanto selecionar as tecnologias que vão te ajudar a realizar a estratégia.

Nosso objetivo com essa rápida discussão foi trazer luz às pessoas que estão pensando no processo de transformação digital, de forma que elas consigam dimensionar bem seus desafios, ter insights e se preparar entendendo onde devem estar suas preocupações. Não existem caminhos certos para esse desafio, não existe um mapa ou um framework testado. Na TroposLab existe interlocução preparada e com desejo e repertório para te ajudar a construir seu caminho. Desenhando ações, criando programas inovadores e empreendendo com comprometimento, brilhantismo e sensibilidade junto com quem tem o espírito e a mente aberta para pilotar essa jornada, colhendo os frutos de aprendizado e realização que sabemos que ela traz.

Se você quer aprofundar mais nesse assunto, envie uma mensagem e vamos conversar.

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Sou psicóloga e mestre em Administração. Trabalho com inovação desde 2005 e nesse caminho me formei também com o Steve Blank, Marc Stickdorn e Jurguen Appelo. Conhecendo inovação, comportamento, novas formas de gestão e design, repenso a gestão da inovação nas grandes empresas, com enfoque nas pessoas e ambiente, indo além de processos e ferramentas. Sou idealista, mãe, amante da boa música e da arte. Nas horas livres você pode me ver correndo por aí, viajando ou brincando feroz com balões de água.
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