Há um tempo a preocupação com o impacto ambiental do uso de canudinhos plásticos circula e gera polêmicas, acompanhada de proibições da prática em algumas cidades, acalorando ainda mais as discussões sobre o tema.
Circular, porém, não é de longe a principal característica do material utilizado para a produção destes canudos. O polipropileno e o poliestireno utilizados em sua composição continuam no ambiente divididos em partículas menores e na maioria das vezes vão para os oceanos. O descarte deste produto, totalmente dispensável, pode levar até 500 anos para decomposição, impacto associado a um tempo de uso mínimo, média de 10 minutos de vida útil que representam centenas de anos de contaminação.
Quantos canudos são descartados a cada minuto? Este uso corriqueiro representa até 4% do lixo plástico no mundo. Uma pequena fração de poluição se comparada a quantidade de lixo plástico não biodegradável gerado no mundo, porém muito significativa.
Os motivos para o incentivo ao desuso são vários. Milhares de animais marinhos e aves morrem devido a ingestão destes subprodutos do petróleo. Segundo a ONU, se seguirmos nesse ritmo, em 2025, teremos mais plástico do que peixes nos oceanos. O boicote ao canudinho virou tendência, que bom, pois caminha junto com a ampliação da consciência e do olhar atento para a responsabilidade em nossas escolhas de consumo.
Ampliar a consciência está relacionado a questionarmos sobre opções e hábitos do nosso dia a dia e sobre nosso comportamento de compra. Aí cabe a pergunta: é essencial ou podemos encontrar alternativas para além de, simplesmente, lidar com isso? Você já parou para repensar o proveito do plástico em sua vida? Sob um olhar empreendedor, sabemos que questões como essas nos levam a inovar, afinal grandes desafios são também grandes oportunidades de gerar impacto.
Nesta perspectiva, a TroposLab está auxiliando a Nestlé na busca de soluções para suas embalagens no Brasil através do primeiro desafio proposto em sua plataforma de inovação aberta, Henri. A empresa reconhece que o problema se tornou global e está determinada a resolvê-lo, unindo o espírito inovador e a agilidade das startups à experiência da empresa.
Múltiplas são as opções para substituição dos canudos incluindo o hábito de beber diretamente no copo, resposta frequente quando abordamos o assunto, porém muitos ainda não dispensam. Claro que o canudinho tem lugar cativo no consumo de determinadas bebidas, como a água de côco e vários drinks, por exemplo. Ao expandirmos a busca, encontramos opções feitas com materiais biodegradáveis diversos, como palha, papel vindo de madeira de reflorestamento, inox, vidro e até bambu. A alternativa para substituição do plástico é objeto de amplas pesquisas e apresenta novidades surpreendentes no teste com matérias primas para a produção, como soluções feitas a partir de mandioca, abacate, trigo e algas.
Eliminar o uso dos canudos plásticos não resolve todos os problemas ambientais que vivenciamos, essa é somente a ponta do iceberg. Se o canudo é apenas um bode expiatório e não o grande vilão é indiferente. Fácil simplesmente taxá-lo de “mimimi”. Que gere incômodo, sirva de alerta e pontapé para outras comoções que tragam impacto positivo para o planeta.
Tem uma solução para o problema do alto uso de canudos e do destino que ele tem pós consumo? Quer saber mais sobre o desafio “Canudos” da Nestlé?
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Você pode ser um dos cinco selecionados para a segunda etapa e concorrer a um prêmio único de US$50 mil para implementação do projeto-piloto.