QUAL O PRICNIPAL FATOR DE SUCESSO DE UMA STARTUP?

Em 90% dos eventos de startup que já participei alguém levanta e faz essa pergunta.

Ontem, em um evento que reuniu aceleradoras, espaços de inovação e investidores do San Pedro Valley, novamente essa pergunta surgiu. A resposta? Simples, um sonoro coro de respostas explicando o porque o TIME é o fundamental.

Até ai nenhuma grande novidade, mas o que me chamou a atenção é que cada um tem uma definição diferente do que é um bom time. Embora as respostas fossem complementares, cada um trouxe um ponto diferente do que é um bom time (vendas, soft skills, persistência, organização, etc).

Por isso queria compartilhar com vocês a minha resposta do que eu acho que é um bom time, baseado nas quase 500 startups que já passaram pelos programas de aceleração da TroposLab e que eu tive a oportunidade de acompanhar direta ou indiretamente.

Um bom time para qualquer negócio precisa ter 3 competências:

  1. Competência técnica
  2. Competência comercial
  3. Competência de gestão

Essas competências podem estar espalhadas em 1, 2, 3, 20 pessoas diferentes, mas elas precisam estar presentes no time.

A competência técnica sempre, ou quase sempre, existe nos negócios. É a competência que ajuda os empreendedores a criar produtos e serviços. Exatamente por isso é a primeira que surge ou que o empreendedor da falta.

Já acompanhei algumas empresas que o(s) empreendedor(es) tentaram terceirizar o produto. Não funciona. Pelo menos não a longo prazo. Você pode terceirizar parte do seu produto, como a produção, mas a inteligência do produto tem que estar dentro de casa, se não o seu fornecedor controla como será o produto e você deixa de ter as rédeas do negócio.

A competência comercial tem sido bem rara nas startups que entram em programas de aceleração hoje em dia. Você precisa ter na sua equipe alguém que conheça o seu mercado, o seu cliente e saiba vender para ele. O pesquisador Steve Blank sempre disse:

A maioria das startups falha, não porque não conseguem desenvolver os seus produtos, mas porque não conseguem vender – Steve Blank

Imagina um grupo de programadores desenvolvendo um aplicativo na área de moda. E nenhum deles entendem nada desse público. A chance deles conseguirem se comunicar com o cliente é mínima. Ou startups que tentam vender para indústrias sem alguém da área na equipe. Demoram 5 vezes mais para fazer as vendas.

A competência de gestão é fundamental, mas só é percebida quando a empresa começa a crescer. Na época em que todo mundo faz um pouco de tudo, só os sócios fazem parte do negócio, essa é subestimada. Mas deixa a equipe crescer, os clientes começarem a ficar mais numerosos, os gastos subirem… Os investidores gostam de falar que o que mata empresa é fluxo de caixa, ou seja a má gestão de recursos, a falta de estratégia e a má operação no dia a dia.

Óbvio que a resposta TIME não é unanimidade, inclusive, existe um ótimo TED empreendedor serial Bill Gross onde ele enxerga o Timing como o principal aspecto de sucesso.

Eu particularmente acredito que o timing pode ser o principal responsável, mas times ruins com o timing correto também não vão para frente.

De qualquer forma, se você estiver formando o seu time e quiser priorizar o que faz mais sentido você desenvolver, sugiro que se preocupe com uma coisa:

Seja o maior especialista do mundo no seu cliente.

Esse é o que faz as startups hoje ganharem de grandes empresas com mais recursos, nome, estrutura, gestão e tantas outras coisas. Elas escutam e constroem junto com os clientes.

Portanto, reserve os recursos da sua empresa para gastar com pessoas e não com produtos, escritórios ou qualquer outro ponto.

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Por |2022-11-16T09:20:11-03:0030/04/2018|empreendedorismo, startups|

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Atuo no mundo da inovação desde 2008. Já atuei em incubadora, consultoria e aceleradora, acelerando mais de 900 startups. Sou formado em Ciências Biológicas e Especialista em Gestão, e por isso gosto de misturar mundos diferentes para trazer mais inovação para o meu dia-a-dia. Coordeno os programas da Troposlab e crio novas metodologias de aceleração, atuando diretamente com mais de 50 grandes empresas. Além disso, tenho um lado nerd (ficção científica, heróis, histórias de aventura, etc).
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