O Web Summit Rio é o maior evento internacional de inovação que ocorre no Brasil e, por isso, relevante para nosso ecossistema. E por reunir pessoas de todo o Brasil, da América Latina e do mundo, trata-se de uma grande plataforma de relacionamento e aprendizado.
Em 2024, o evento contou com 30 mil participantes. Foram mais de mil startups, 700 investidores e 600 speakers, incluindo a Renata Horta, Diretora de Crescimento da Troposlab, que participou de várias atividades. Dentre elas, um painel no Corporate Innovation Summit (CIS).
O evento se dividiu em 18 trilhas. E este artigo resume para você os principais assuntos trabalhados na trilha voltada para grandes empresas: Corporate Innovation Summit.
O Corporate Innovation Summit – CIS
“The velocity and the ferocity of change is accelerating”
John Sicard – CEO da Kinaxis.
De 2023 para 2024, percebemos um amadurecimento nos conteúdos do evento, que conversam melhor com o público, trazem mais cases nacionais e equilibram o futuro e a vanguarda do presente.
Nos palcos, vimos referências pioneiras nacionais e internacionais compartilhando estratégias, aprendizados e ajudando o público a gerar insights preciosos sobre temas quentes para as grandes empresas.
Abaixo, compartilhamos os três principais tópicos de destaque em todas as falas do CIS.
Inteligência Artificial
Não começaríamos por outro tema, já que a Inteligência Artificial (IA) ocupa espaço em todas as rodas de conversa, lançamentos e painéis. No CIS, o assunto apareceu com enfoque em entender a tecnologia para tomar decisões sobre como e quando utilizá-la nos processos. Isso por meio de cases e frameworks.
Houve insights sobre como nos apropriar criticamente da IA e moderar expectativas sobre a tecnologia e como ela pode ser utilizada. Nesse aspecto, o destaque foi para a COO do Expensify Anuradha Muralidham.
Ela compartilhou um processo bastante intuitivo para apoiar a decisão de investir ou não em modelos de IA baseado nas tarefas que esperamos que sejam executadas, começando por três perguntas:
- Temos dados suficientes para treinar um modelo com a qualidade que precisamos e o nível de erro que estamos dispostos a tolerar?
- Temos recursos técnicos e know-how para o desafio e complexidade dele?
- Temos o luxo do tempo para criar e treinar o modelo de forma que ele se torne eficiente e com bom custo-benefício?
Além disso, vários painéis mencionaram cases de uso da IA aplicados à experiência do cliente. Eles indicaram que essa é a principal contribuição da Inteligência Artificial ao processo de transformação digital – por exemplo, as falas de Roberto Mameli (CTO da Sympla), Sebastian Miserendino (Globant) e Gustavo Braz (Orange).
Ernesto Pousada, CEO da Vibra Energia, destacou o que também foi destaque de outras falas: a importância da IA para gerar valor a partir de dados que a empresa gera e, com isso, a criação novos parâmetros de decisão estratégica, especialmente sobre o comportamento do cliente.
Pessoas no processo de transformação
“Como sempre, é muito mais sobre nós do que sobre tecnologia”
Ernesto Pousada – CEO da Vibra Energia
Se inteligência artificial é a tecnologia mais citada, o plano de fundo é sempre o processo de transformação digital e como as empresas estão passando por ele. Mesmo as corporações que já nasceram digitais aumentam o nível de automação e uso de tecnologias. E, nesse processo, as pessoas são mencionadas quando se fala em desafios.
Quais são as pessoas certas para inovar? Como se dá a apropriação da tecnologia? Como deixar o processo de desenvolvimento mais sistemático? Como engajar a média liderança? Esses são alguns desafios de pessoas relacionados à geração de inovação para a transformação digital.
Renata Horta contribuiu com essa discussão ao levar nosso conhecimento sobre o desenvolvimento de competências para inovação. Ela destacou como aceleramos quatro vezes mais rapidamente a apropriação efetiva dessas novas habilidades.
Além dela, nomes como Roberto Grosman (SBT), Paulo Costa (BRB), Roberto Mameli (Sympla), Lucas Herscovici (AB InBev) e Waldir Junior (Ypê) ressoaram esses desafios e compartilharam aprendizados.
As pessoas também são chave na definição da estratégia. E as tendências de comportamento foram citadas como ferramenta fundamental para navegar a estratégia das empresas em tempos tão dinâmicos. Paula Englert (Box 1824) e Lucas Herscovici (AB InBev) são exemplos que reforçaram esse ponto.
Por fim, outro desafio relacionado às pessoas que marcou presença nas discussões é a carência de mão de obra técnica para sustentar os processos de transformação digital. O relato de Waldir Junior sobre o case Ypê deixou o gargalo que esse ponto gera muito claro.
Estratégia e disrupção
Levando a discussão para níveis mais estratégicos, tivemos também a apresentação de Daniel Moczydlower, CEO da Embraer-X, que compartilhou o caminho trilhado da estratégia até o conceito do EVE, além de decisões importantes que sustentaram a busca dessa disrupção.
Lucas Herscovici é Chief Direct-to-Client Officer e, como seu título já nos provoca, tem desafios que fazem a AB InBev realmente buscar novos modelos de negócios. O caso do Zé Delivery, como ele escalou para 13 países por meio do Tada, foi uma aula de estratégia e tomada de decisão.
Somados a eles, o caso da Ypê, relatado por Waldir Junior, que, junto à Mercedes, conseguiu automatizar totalmente, por meio de veículos autônomos (que operam em ambiente fechado), a conexão entre plantas produtivas de distribuição.
Além de estar na pequena lista de empresas no mundo que conseguiram essa façanha, o case foi totalmente conectado com a estratégia da Ypê, o que evidencia o motivo de esse caminho fazer muito sentido para a empresa e a missão dela.
Esses foram os três principais tópicos de discussão do CIS. É claro que muito mais foi discutido. E voltamos cheios de insights e aprendizados para compartilhar com nossa rede. Se você tem um desafio relacionado a esses assuntos em sua empresa, nós, da Troposlab, certamente podemos ajudar. Entre em contato conosco.