Desde criança somos ensinados e treinados a buscar a excelência. A ir atrás de certezas, de caminhos e respostas corretos. Aprendemos que somos aplaudidos nas conquistas, sempre estimulados ao sucesso. Fosse nas tentativas infindáveis enquanto bebê para conseguir encaixar uma peça num brinquedo ou para conseguir as boas notas – mesmo naquelas matérias que você não fazia a menor ideia da razão de precisar estudar.
O erro sempre veio acompanhado de uma cara insatisfeita, “amarrada”, num tom de decepção. Aprendemos que errar não é bom. Decepciona, frustra, é o contrário de tudo o que é esperado de qualquer tipo de performance. Seguimos em nossos caminhos pessoais e profissionais com esse fantasma nos assombrando, botando medo em qualquer empreitada que assumimos.
Há um pensamento conhecido que diz o seguinte: “insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. E como aprender a fazer novas coisas, se nunca as fizemos? E o medo de errar? Como inovar?
INOVAÇÃO E A “CULTURA DO ERRO”
Por definição, inovar é fazer coisas diferentes, por consequência, ir em busca de resultados diferentes. E a chance de erro nesse caminho é imensa. Essa quebra de paradigma, que vai de encontro a muito do que crescemos aprendendo para todas as áreas das nossas vidas, é algo que estamos observando ser mais aceito a cada dia em diversas áreas profissionais. A chamada “cultura do erro” ganha espaço, nos mostrando que errar é parte do processo de aprendizagem e evolução dos negócios, além de ser fundamental para o desenvolvimento humano.
Alguns aliados dessa “cultura” são o conceito de fail fast (“errar rápido”) e a metodologia de problem solving, que preconiza o aumento da eficiência de processos por meio do entendimento do problema, de forma estratégica, para que seja possível implementar uma melhor solução ou melhoria. Como elementos de processos e projetos de inovação, arriscaria dizer que são formas de “celebração” do erro, uma vez que são maneiras de se chegar ao novo, a resultados diferentes.
COMO SUPERAR O MEDO ERRAR?
Lembre-se que o erro é o melhor amigo do aprendizado
Erros podem se tornar “cases” incríveis, e trazer insights extraordinários para o desenvolvimento de resultados inovadores. Olhe para o erro com um olhar de aprendizado e questione-se: “O que poderia ter sido feito de forma diferente? O que foi possível aprender? Qual caminho não devo tomar para chegar em um resultado diferente deste?”
Não tenha medo de sentir medo de errar
Por termos sido treinados a encarar erros de maneira negativa, nossa tendência é temer o sentimento do medo de errar, e as consequências advindas dele. Temer o próprio medo, não acolhendo esse sentimento, pode ser um entrave grande para avançarmos, para evoluirmos, para que a inovação aconteça. Ter em mente que, caso erremos, aprenderemos, pode ser tranquilizador, treinando nossa mente para entendê-lo como apenas mais uma parte do processo. E que sentir medo é normal. Com o tempo, o sentimento não ocupa mais esse espaço e é possível enxergar a parte boa de errar.
Exemplos estimulam e inspiram!
No início desse texto eu disse que desde sempre somos treinados a buscar a excelência, estimulados ao sucesso. E isso é de fato fundamental para nossa evolução! A grande diferença é a forma de encarar os acontecimentos quando eles não beiram o excelente e estão mais pendentes ao fracasso. Steve Jobs foi demitido da própria Apple antes de alcançar o sucesso. Michael Jordan uma vez disse: “Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha vida. E é exatamente por isso que sou um sucesso.”
Errar é parte do processo de aprendizado e desenvolvimento. Seja do seu processo, seja do seu projeto. Não se assuste com o erro, ele pode ajudar – e muito! – no seu sucesso.
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