Atualmente, vivemos em um contexto que é denominado por muitos como “Mundo VUCA”, ou seja, um mundo de mudanças rápidas e com diversas facetas, no qual inovar é essencial e urgente para a sobrevivência das empresas.
Ser digital e inovar não é apenas inserir tecnologia em uma empresa, é necessário mudar a forma como as pessoas pensam. Transformação digital é pensar em todos os processos que precisamos alterar para poder se tornar verdadeiramente digital, dessa forma gerindo a mudança e inovação dentro da empresa.
Ao abordar a transformação digital, precisamos falar sobre os tipos de inovação para estabelecer essa mudança:
O que é a inovação organizacional?
Por definição, a inovação organizacional é o processo em que a empresa incorpora a prática da inovação como pilar de seu funcionamento e do negócio. Otimizar procedimentos, destravar burocracias e estimular soluções disruptivas são eixos fundamentais da inovação organizacional.
A transformação digital já é uma realidade e, naturalmente, o conceito de inovação organizacional está intimamente ligado às consequências da revolução digital pela qual estamos passando. Mas engana-se quem pensa que processos inovadores têm a ver apenas com tecnologia.
Acima de tudo, inovação depende das pessoas, e é por isso que empresas buscam profissionais cada vez mais capacitados para atuar em ambientes desafiadores.
Nesse cenário, diversas habilidades ganham ainda mais importância, começando pela criatividade. A capacidade de criar soluções de fato inovadoras, que aproveitem todo o potencial de um produto ou de um processo, é uma das mais valorizadas pelo mercado de trabalho até 2022, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.
Além disso, entender e dominar as metodologias ágeis, os princípios do Design Thinking, saber analisar dados, ter um pensamento crítico e saber trabalhar de forma protagonista são competências fundamentais para quem atua – ou quer atuar – em organizações inovadoras.
O que é inovação disruptiva?
Você deve se lembrar daquela clássica cena: o ano era 2007, um homem entra em um palco, com uma roupa simples, como quem não queria nada, e tira de seu BOLSO, o que pode ser entendido como um divisor de águas no mundo tecnológico. Estou falando de quando Steve Jobs, apresentou o primeiro iphone.
Essa pode ser entendida como uma das maiores inovações disruptivas de todos os tempos, uma vez que conceituou muito bem o termo, que significa: um fenômeno pelo qual uma inovação transforma um mercado ou setor existente por meio da introdução de simplicidade, conveniência e que se preocupa com a acessibilidade.
O que é inovação tecnológica?
Diferente da inovação disruptiva, a inovação tecnológica diz sobre saber fazer um excelente uso das ferramentas que estão disponíveis em empresas que ainda não aproveitavam essas oportunidades. Conceituando melhor: a inovação tecnológica significa você saber utilizar as ferramentas, técnicas e métodos ágeis e tecnológicos para a criação de produtos e serviços. Nesse processo, a empresa se volta para colocar a tecnologia como centro principal da inovação.
O que a inovação tecnológica tem a ver com a transformação digital?
A transformação digital é um processo estrutural que envolve, além da adoção de métodos ágeis e de novas tecnologias uma mudança de mindset cultural. Dessa forma, a inovação digital é uma aliada da transformação digital.
A transformação digital leva as organizações a atualizarem seus processos e adotarem novas metodologias de trabalho para manterem-se relevantes para clientes e stakeholders e conquistarem novos mercados.
O que nos leva ao próximo tópico…
Quais são as tendências tecnológicas para os próximos meses ou anos?
Segurança da Informação
Por muitos anos, os dados de usuários da internet foram utilizados para fins mercadológicos, o que resultou em uma menor segurança acerca de suas informações. Por isso, dentre as tendências para o universo da tecnologia, a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se destaca: a lei foi aprovada, no Brasil, em agosto de 2018 e entrou em vigor apenas no fim de 2020. A morosidade desse processo foi uma resposta ao debate gerado no mercado de empresas de tecnologia. Essa nova legislação estabelece parâmetros para a forma como os dados pessoais devem ser coletados, armazenados, aplicados e, por fim, excluídos.
A partir dessa decisão legislativa, as operações realizadas com essas informações são regulamentadas e fazem com que as empresas coletoras tenham responsabilidade judicial por elas. Além das empresas, quem também deve estar atento às mudanças são os internautas: agora, o usuário pode solicitar a exclusão total dos seus dados de determinada plataforma e revogar a autorização concedida à empresa.
Conteúdos Slow Content
A todo momento o internauta é bombardeado por informações, imagens, notícias e estímulos que, se consumidos a todo tempo, se tornam prejudiciais à saúde mental de quem os consome. É exatamente na contramão dessa realidade que o conceito de slow content (ou conteúdo lento, em tradução livre) surge. Com essa nova maneira de pensar o material digital, novas plataformas ganham espaço e notoriedade, como é o caso dos podcasts.
Um podcast é trabalhado e estudado a fim de levar esse conhecimento específico para interessados em determinado assunto. Isso transforma não apenas o método de consumo, mas também a maneira de produzir e fazer a curadoria do tema por parte dos criadores.
De olho no Big Data
Navegar online gera, automaticamente, uma sequência de dados que são transformados em informações filtradas sobre cada usuário. Entrar em um site de eletrodomésticos, por exemplo, faz com que os anúncios posteriores sejam, em sua maioria, sobre aparelhos usados em casa. Essa dinâmica de anúncios, que te conhecem mais do que seu melhor amigo, é um fruto do Big Data, que define os sites e produtos anunciados a partir do que o usuário acessa, pesquisa, curte, engaja e, até mesmo, ignora.
Os anúncios garantem a individualidade das propagandas, fazendo delas peças mais persuasivas e personalizadas. Isso, por um lado, é ótimo: você só terá contato com produtos e serviços de seu interesse. Por outro lado, o acesso a esses dados é uma questão que levanta debates sobre privacidade, confidencialidade e liberdade. Como você se sente sabendo que seus dados pessoais, como CPF, endereço, horários de rotina, preferências de conteúdo e posicionamentos políticos estão nas mãos de grandes corporações?
Práticas ágeis para o trabalho remoto
Nos primeiros meses da pandemia, muito se discutiu sobre as dificuldades de migrar o escritório para o digital. Depois de um tempo, o dilema passou a ser sobre a otimização dos resultados em um ambiente diferente do habitual. Muitas empresas se viram de mãos atadas frente ao turbilhão de novidades que vieram sem nenhum aviso prévio, fazendo com que o pensamento ortodoxo se tornasse ainda mais prejudicial para as instituições.
É exatamente aí que o agilismo entra como uma tendência: com uma dinâmica de maior adaptabilidade às bruscas mudanças e versatilidade nos métodos de produção. A partir de feedbacks constantes, equipes reduzidas e mindset colaborativo, aplicações típicas do agilismo, o home office ganhou um novo aspecto e transformou, de maneira positiva, as dinâmicas de trabalho. Para que essa filosofia se mantenha viva na rotina da organização, é necessário abrir as portas da empresa, literalmente, para essa mudança, do relacionamento interpessoal ao processo de produção.
“Com o agilismo, uma organização irá reduzir o work in progress, e, ao fazer isso, automaticamente aumentará o throughput (taxa de dados transmitidos em uma rede) […] A agilidade será uma propriedade emergente, que certamente não se encontra em cada indivíduo, muito menos em indivíduos com metas locais.” Marcelo Szuster, CEO da dti Digital e moderador de Os Agilistas.
Acreditamos que implementar essas tendências nas organizações e se manter atento ao mercado para acompanhar e criar inovações, é uma boa forma de estar em constante transformação e se manter atualizado neste mundo VUCA, no qual estamos inseridos.
Esse texto foi elaborado por Ana Clara Souza – Líder de squad de atração na Dti Digital.