A inovação não avança sem colaboração. O processo de inovação traz consigo barreiras e surpresas que demandam múltiplas referências e conhecimentos. Além disso, o ato de colaborar é um canal importante para a diversidade, que possibilita com que as ideias sejam potencializadas e o processo de superar as barreiras acelerado.
A colaboração é tão importante para a inovação, que é listada pelos principais autores (ver Joe Tidd em “Gestão da Inovação”) como uma prática que favorece a sua gestão. Há ainda um TED, um livro e esse vídeo super legal do Steven Jonhson sobre o assunto.
Este discurso pode parecer muito intuitivo, mas não nos ensina o principal: como é possível tangibilizar a colaboração e transformar de forma inovadora a cultura por meio dela?
As empresas têm buscado diferentes formas de fazer isso, mas a principal é realizar projetos com times multidisciplinares. Mesmo que os projetos não sejam essencialmente de inovação, essa abordagem favorece com que os gaps de comunicação sejam minimizados e a integração de interesses e processos de cada área sejam aumentados.
O modelo de Squads é um bom exemplo disso e, amplamente adotado por empresas de tecnologia, comprova o potencial de geração de resultados desse formato. Squads são times temporários com responsabilidade e autonomia para desenvolver um projeto ou uma parte relevante dele. São multidisciplinares e não hierárquicos. Todas essas características favorecem justamente a colaboração.
Além de organizar times paralelos à estrutura organizacional, existem muitas formas de promover a colaboração: meetups internos, treinamentos com equipes de várias áreas, ações sociais ou esportivas. Tudo isso fortalece um ambiente de troca de ideias, experiências e conhecimentos que favorecem os negócios.
Mas a colaboração pode atingir um nível ainda mais estratégico quando a associamos à inovação. A Inovação Aberta é uma forma de produzir resultados mais rápidos no desenvolvimento de novos produtos ou processos com parceiros externos (que podem ser centros de pesquisa, universidades, startups, outras empresas). E, indo ainda mais longe, a Inovação em Rede explora essa estratégia de maneira ainda mais sofisticada, articulando múltiplos parceiros em uma estratégia, em geral de longo prazo, de inovação.
MAS COMO MELHORAR A COLABORAÇÃO ENTRE EQUIPES?
Independentemente da maturidade inovadora das empresas, é possível comprovar que a inovação, seja ela disruptiva ou incremental, sempre será o resultado de ideias diversas. Buscar maneiras de integrar sempre e cada vez mais as diferentes áreas e equipes de uma empresa é fundamental para potencializar a inovação e manter seu crescimento, fazendo com que times que não falam a mesma língua, tenham a capacidade de cooperar de maneira orgânica. Afinal de contas, já dizia Walter Lippman: “quando todos estão pensando igual, é porque, na realidade, ninguém está pensando”. A diversidade de perfis, portanto, será sempre uma grande aliada da inovação.
Um processo que tem favorecido a prática generalizada de colaboração através de suas técnicas e ferramentas é o Design Thinking ou Design de Serviços. A proposta é realizar a inovação através da colaboração com clientes, parceiros e dentro de um time onde todos esses pontos-de-vista estão representados.
Na Troposlab utilizamos processos do Design para gerar resultados rápidos e surpreender os times com o potencial da colaboração. São processos de co-construção, workshops de design ou aceleração de projetos que utilizam dessas técnicas e ferramentas para ajudar a estabelecer essa mudança de mindset através do “vivenciar os resultados”.
A IMPORTÂNCIA DA CULTURA DA INOVAÇÃO
Aqui na Tropos estamos sempre tratando a cultura da inovação dentro das empresas como um dos principais pilares para se desenvolver a competitividade e estimular o seu crescimento. A prática de colaboração é parte inerente para a consolidação de uma cultura inovadora. Para que elas se estabeleçam não basta falar de colaboração, tentando convencer as pessoas a agirem assim, é necessário promover momentos em que elas vivenciem a colaboração e os resultados que podem ser gerados a partir dela, de forma organizada e planejada, enquanto a cultura se estabelece. Planejar é importante, pois um time com um baixo repertório em colaboração pode fracassar em projetos sem uma liderança hábil no tema, danificando a percepção e criando barreiras.
No artigo “Como erguer uma empresa colaborativa” os autores relatam premissas importantes para que a colaboração faça parte da empresa, começando por um propósito comum. Então, nossa dica de hoje pra você que deseja ampliar a colaboração na sua empresa é: escolha um projeto onde a complexidade é suficiente para estimular as pessoas a interagir (todos sabem que ninguém vai resolver sozinho), monte um time de pessoas que são conectoras dentro da empresa (gostam de interagir e conectam informalmente diferentes grupos) e pessoas que você gostaria de desenvolver. Depois, coloque todos na mesma sala e deixe claro o desafio, porque ele é importante para a empresa e como você gostaria que, em conjuntos, gerassem resultados inesperados para a organização. E não se esqueça de desfrutar o processo, pois a colaboração, além de potencializar a inovação, também é uma das grandes fontes de realização do ser humano!
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