O que a inovação aberta pode ensinar sobre redução de custos

A redução de custos é desejo de 10 entre 10 executivos. Sobretudo porque garante controle de desempenho e saúde financeira às empresas. Entretanto, a medida não pode se dar apenas em situações de crise. Nesse sentido, a inovação aberta tem muito a contribuir. E é sobre isso que falaremos neste artigo.

Nas últimas décadas, o conceito de inovação aberta ganhou relevância no universo corporativo. Isso se deu a partir do livro “Open innovation: the new imperative for creating and profiting from technology data”, do professor Henry Chesbrough, publicado pela primeira vez em 2003.

A proposta de Chesbrough baseia-se em contato. Empresas e indivíduos adotam postura aberta, de diálogo e trocas. Isso leva à tão sonhada redução de custos e a outras vantagens competitivas. E o melhor: a economia se dá de maneira permanente, ancorada nos valores corporativos.

Em outras palavras, a inovação aberta é uma porta para tornar empresas mais eficientes. Por isso, introduziremos o conceito a seguir.

O que é inovação aberta?

A produção de conhecimento, e as práticas originadas dele, é marcada por quebras de paradigmas e mudanças. Nesse sentido, não é de hoje que as corporações entendem que ideias disruptivas trazem ganhos. Mas a gestão da inovação mudou ao longo do tempo.

Sendo assim, os anos 2000, com a publicação do professor Chesbrough, marca o início da era Open Innovation, em contraposição à Closed Innovation. Ou seja, a inovação aberta propõe uma virada de chave: pesquisa e desenvolvimento não são mais elementos puramente internos às companhias.

Com efeito, a inovação aberta propõe a colaboração com fontes externas, clientes, fornecedores, instituições de ensino e pesquisa, fornecedores, startups e até mesmo concorrentes. Isso para o desenvolvimento de novas ideias, produtos e soluções. E acredite: a redução de custos não é o único benefício desse modelo (mas é bem desejável, claro).

O modelo de gestão baseado na abertura pode assustar os mais conservadores. Mas dados da 100 Open Startups mostram que esse tipo de empresa está ficando para trás. Em cinco anos, até 2020, o número de empresas que investiram em inovação aberta cresceu 1.900% no Brasil. Isso evidencia o quão vantajosa é a prática.

Vantagens da inovação aberta

Os dados recentes são ainda mais animadores: em 2022, o investimento em inovação aberta cresceu em mais 60%. Ou seja, não há dúvidas de que cada vez mais corporações estão atentas a esse modelo de gestão. Elas estão de olho nas inúmeras vantagens da prática. Abaixo, destacamos três:

  • diversidade de perspectivas: a inovação aberta permite que empresas acessem ideias e perspectivas diferentes, o que leva a soluções mais criativas e eficazes para redução de custos;
  • redução de riscos: os riscos são compartilhados, já que há colaboração entre empresa e outros atores. Isso facilita o tratamento dos desafios e evita gastos desnecessários;
  • acesso a recursos externos: empresas podem aproveitar recursos, capital intelectual e tecnologias de parceiros externos. Isso economiza tempo e dinheiro.

As três vantagens da inovação aberta que descrevemos já evidenciam como esse modelo de gestão afeta a redução de custos. Mas, a seguir, procuramos deixar ainda mais claro como a mudança de mindset e cultura beneficiaria a saúde financeira de sua empresa.

Como a inovação aberta reduz custos

A colaboração é o cerne da inovação aberta. Com o propósito de agregar valor com o que está além de suas fronteiras, os empreendimentos cada vez mais recorrem a esse modelo de gestão e reduzem custos por meio das práticas a seguir.

1. Colaboração com fornecedores

De modo geral, a cadeia de fornecimento é essencial para qualquer empresa. Mas, na inovação aberta, essa relação não se dá apenas comercialmente. Acima de tudo, há colaboração.

Assim, maneira eficaz de reduzir custos é colaborar com parceiros para identificar oportunidades de otimização. Por exemplo: uma indústria pode trabalhar com seus fornecedores de matérias-primas e encontrar modos de refrear custos de aquisição.

2. Crowdsourcing de ideias

Crowdsourcing é um modelo de estruturação processual que reúne diversas pessoas com diferentes capacitações e habilidades. Juntas, elas desenvolvem ideias e encontram soluções criativas para os mais variados problemas.

Na inovação aberta, empresas, por meio do crowdsourcing, coletam ideias de colaboradores, clientes e até mesmo do público em geral. Isso pode levar a sugestões inovadoras para cortar despesas operacionais.

3. Parcerias estratégicas

Empresas têm processos específicos para atender a demandas específicas. Em outras palavras, nenhum empreendimento vive para apagar todos os incêndios e curar todas as dores do mercado. Isso os executivos de sucesso já entenderam.

Em contrapartida, firmar parcerias estratégicas com outras empresas, que têm especificidades complementares, leva à significativa redução de custos. Por exemplo: corporações de logística que atendem a diferentes localidades podem unir forças e ter ganhos mútuos.

4. Incubadoras de inovação

Incubadoras de inovação são ambientes especialmente planejados para o investimento em novas ideias. Assim, algumas empresas optam por criar espaços profícuos às soluções colaborativas com negócios inovadores.

Nós já falamos que executivos de sucesso já entenderam a necessidade da atenção ao core business das corporações. Entretanto, ao firmar parcerias e investir em incubadoras, empresas estimulam a geração de ideias por meio de startups. Isso promove redução de custos sem afetar o negócio principal.

5. Aquisições estratégicas

Outra característica dos executivos de sucesso é a visão 360º. Isso significa que, enquanto ele está dedicado ao core business da corporação, não perde de vista as mais recentes novidades do mercado.

Nesse sentido, todos os dias, em algum lugar do mundo, uma empresa desenvolve processos, tecnologias e soluções úteis a longo prazo. Por isso, aquisição e incorporação podem ser estratégias bem eficazes, facilitadas pela inovação aberta.

Inovação aberta na prática

Em um mercado cada vez mais competitivo e tecnológico, compreendemos que há o ímpeto de proteger ao máximo informações e processos. Isso, claro, é necessário em certa medida. Mas a colaboração pode levar sua empresa a outro patamar.

Eventualmente, você terá dúvidas sobre como a inovação aberta contribuiria, na prática, para a redução de custos em seu negócio. Por esse motivo, apresentamos o caso da gigante P&G, dona de centenas de marcas de sucesso.

Ainda nos anos 2000, a Procter & Gamble lançou o programa “Connect and Develop”. Isso com o objetivo de colaborar com fontes externas para desenvolver produtos mais eficientemente. O resultado? A marca quase bicentenária permanece relevante, com uma cultura de inovação voltada para redução de custos e eficiência operacional, além de portfólio mais diversificado.

Conclusão

A redução de custos não é estratégia para a hora do aperto. Ela é necessária. Isso visto que impacta a saúde financeira das empresas. Nesse sentido, a inovação aberta tem muito a ensinar às corporações.

O modelo de gestão da inovação baseado no contato e diálogo com fontes externas – startups, universidades, centros de pesquisa, outras empresas – contribui fortemente para a redução de custos de forma perene.

A saber, listamos alguns ensinamentos da inovação aberta que vão colaborar com a saúde financeira de sua empresa. São eles:

  1. colaborar com fornecedores;
  2. fomentar o crowdsourcing;
  3. firmar parcerias estratégicas;
  4. investir em incubadoras de inovação;
  5. considerar aquisições planejadas.

Agora que você entende melhor como a inovação aberta pode contribuir para a redução de custos, é hora de considerar implementar esse modelo de gestão em sua empresa. Isso porque a busca por soluções de fora da organização podem ser chaves para um futuro mais eficiente e econômico.

Estamos felizes que você tenha avançado na busca por inovação. Por isso, preparamos um material gratuito que vai beneficiar ainda mais sua empresa. Baixe agora o e-book “Guia básico de inovação tecnológica para empresas” e descubra como práticas inovadoras beneficiam sua corporação na prática!

Agradecemos a companhia nesse diálogo que fizemos aqui. Um abraço e até a próxima!

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Descobri, há alguns anos, que escrever é um modo de conhecer o mundo. Desde então, não parei mais. Sou curioso por natureza e apaixonado por cultura, dados e tecnologia. Jornalista, Publicitário e Mestre em Comunicação Social, já desbravei muitas realidades e fenômenos assim: escrevendo.
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