Hoje metodologias ágeis, startups, empreendedorismo, transformação digital tem se tornado uma prioridade nas grandes empresas. Quem não está fazendo algo se sente ficando para trás (e está ficando para trás mesmo).
Seja para se diferenciar em relação à concorrência, cada vez mais acirrada; seja para desenvolver soluções para clientes cada vez mais conectados, empoderados e informados; ou mesmo para atrair o interesse de novos colaboradores, a verdade é que as empresas que não estão discutindo esses temas estão fadadas a desenvolver soluções para os problemas de agora e não do futuro.
No entanto, na busca por novas formas de gestão para esse mundo completamente novo, algumas empresas esperam soluções prontas, universais, que resolvam da mesma forma o problema de empresas completamente diferentes e de áreas diferentes dentro da mesma empresa.
A grande sacada das startups não foi a construção de ferramentas como Canvas, Mapa de Empatia ou modelos de MVP e sim as ideias que existem por trás dessas ferramentas.
Outro ponto é entender que as metodologias ágeis foram criadas para o contexto de startups porque as metodologias vigentes até então só olhavam para grandes empresas. Portanto, empregá-las na sua forma literal, pode não ser o mais adequado para a sua empresa.
A Troposlab, ajuda empresas a desenvolverem uma cultura de empreendedorismo e inovação através do desenvolvimento de projetos internos e/ou interação com startups. Portanto, no nosso dia a dia, estamos acostumados a lidar com as metodologias ágeis e suas adaptações fundamentais.
Para exemplificar melhor, vamos usar uma das ferramentas básicas de qualquer processo de aceleração como exemplo:
LEAN CANVAS
No Lean Canvas, existem 9 caixas que olham o seu negócio, produto ou projeto de forma reduzida, assim você consegue ter um planejamento mínimo do seu negócio sem com isso engessar toda a sua atuação naquele projeto.
Vários campos do Lean Canvas fazem sentido para todo o tipo de projeto:
- Problema
- Solução
- Proposta de valor
- Estrutura de custos
- Segmento de clientes
- Canais
Independentemente se você está construindo um novo negócio, um novo produto dentro de uma empresa já existente, ou mesmo um novo processo, esses campos fazem todo o sentido.
No entanto, outros campos dessa ferramenta precisam ser adaptados caso você esteja trabalhando com um projeto interno, por exemplo:
- Receitas
- Métricas Chave
- Diferencial competitivo
Vamos começar discutindo o campo Receitas. Esse campo é muito claro ao se discutir novos negócios e novos produtos: é preciso pensar como aquele negócio irá se manter rentável ou como aquele produto será economicamente viável. Mas quando estamos discutindo sobre novos processos, esse ponto é sempre uma dúvida. Nesse caso, o que faz sentido é imaginar os ganhos ou savings que a empresa terá com aquele novo processo e tentar ao máximo transformar esses parâmetros em números. Por exemplo: um novo processo que economiza horas de um colaborador gera para a empresa um saving de x horas/homem por mês, que no final de um ano significam R$ xx,xx de economia para a empresa.
Outro ponto polêmico costuma ser o campo de Métricas Chave. Nesse campo, o objetivo original é colocar quais são os parâmetros que serão medidos para evidenciar se o novo negócio está crescendo ou não. Por isso, muitas vezes, as métricas chaves costuma estar relacionadas a parâmetros financeiros e/ou comerciais. No entanto, ao olhar para um novo processo, seu raciocínio pode mudar para pontos como engajamento dos colaboradores ou satisfação dos clientes, por exemplo.
Por fim, vamos falar de Diferencial competitivo. Esse ponto visa discutir sobre o que a sua solução tem de vantagens em relação às demais soluções do mercado. De novo, para olhar para um novo negócio ou produto, a análise é óbvia, mas, olhando para um novo processo, duas análises são possíveis: 1- quais são os diferenciais competitivos que esse novo processo traz para a empresa; 2- quais são os diferenciais competitivos desse novo processo em relação ao que já fazemos hoje.
Olhando dessa maneira, nós podemos nos questionar o porque das metodologias ágeis serem utilizadas em grandes empresas, já que são necessárias essas e outras adaptações.
Simples! Elas trazem novas formas de se pensar.
- O Lean Canvas traz o conceito de planejamento rápido, democrático e de fácil comunicação.
- O Mapa de Priorização de problemas traz o conceito de foco no problema e não na solução.
- O Mapa de Empatia traz o conceito de entender profundamente o seu cliente.
- O Business Design Blueprint traz o conceito de desenho da solução a partir da jornada do cliente.
E por ai vai…
Muitas vezes essas ferramentas devem ser adaptadas, acrescentadas ou modificadas de acordo com a empresa que as aplica. Em especial quando falamos de grandes empresas. Isso ajuda, inclusive, na recepção dessas metodologias pela equipe que já atua.
Portanto, preocupe-se em entender e internalizar o objetivo das metodologias ágeis e use aquelas ferramentas ou aqueles campos que se adequarem à sua forma de gestão. E aí, é só aproveitar o resultado!
Tem dúvida sobre o uso de alguma dessas ferramentas na sua empresa? Me mande um e-mail que podemos falar a respeito.