Todo empreendedor já experimentou ou ainda vai experimentar os momentos ruins na sua trajetória empreendedora. Sempre que planejamos o crescimento de uma empresa imaginamos uma curva exponencial ou pelo menos uma reta ascendente e nem sempre é assim. Aliás, mesmo que o crescimento financeiro da empresa seja assim tem uma reta pouco comentada ou pouco percebida pelos empreendedores, a curva de motivação dos fundadores.
Essa curva é muito influenciada pelo crescimento da empresa mas se comporta de uma maneira independente.
No início, todo negócio é empolgação, fundadores motivados pelos novos desafios, energia lá em cima. Cada barreira nova que surge é um novo aprendizado, uma nova batalha vencida.
A partir daí cada empresa segue seu caminho, mas muitas delas começam pelo desenvolvimento do produto ou de algum MVP. No início do desenvolvimento empolgação e amor com o produto, mas a medida que o desenvolvimento avança, prazos não são cumpridos ou a reação dos clientes pode não ser tão boa quanto o esperado.
Nesse momento alguns empreendedores desanimam.
Mas a empresa não para e se tudo der certo as vendas começam, talvez não tão grandes como esperado, mas ainda assim são vendas. Uma nova empolgação surge, ou um desapontamento caso a reação dos clientes não seja a esperada.
Se a empresa conseguir continuar e as vendas seguirem aumentando, vem outro momento chave: a necessidade de crescimento. Nesse momento, o que era fácil e demandava um alinhamento rápido por semana com todos começa a exigir processos. Novos colaboradores exigem treinamento. Alguns saem nesse caminho, outro entram. Os custos aumentam e as metas também.
A história de qualquer empresa é essa montanha russa de sentimentos entre os empreendedores e é exatamente por isso que muitos especialistas aconselham a não empreender sozinho. Dois ou mais sócios, além de terem conhecimentos e funções complementares na empresa, dividem a angústia desses momentos.
Essa montanha russa de sentimentos comumente é diferente para os empreendedores que dividem a jornada na mesma empresa. O estresse do empreendedor-vendedor vem em um momento diferente do empreendedor-produto. E um ajuda o outro nessa jornada.
O ano de 2020, e particularmente o final do ano, foi um momento de teste máximo desse cansaço. Não só pelas questões do negócio, mas também pelas inúmeras mudanças causadas pela pandemia.
Portanto não se sinta culpado caso esteja cansado. Procure nos seus sócios a força para passar por essa fase. E caso você não esteja com esse sentimento de cansaço, olhe para o lado e veja se alguém da sua equipe está e ofereça essa ajuda.
Independente da fase em que você esteja dentro da sua trajetória empreendedora, boa ou ruim, lembre-se: vai passar.
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