Esse post foi pensado para ser atualizado periodicamente com a mais recente lista de startups brasileiras que já são unicórnios e as próximas apostas do mercado.
Antes de mais nada, é preciso entender o que são unicórnios. Além do ser mitológico, a palavra unicórnio hoje também está relacionada às startups que atingem um valor de mercado de mais do que US$ 1 bilhão (explicamos esse e outros termos do ecossistema aqui).
Entretanto, fazer uma lista única é complexo. Isso porque, em alguns casos, há divergências, no mercado, sobre quais negócios podemos considerar ou não como unicórnios.
Sendo assim, preferimos listar as startups de modo mais completo. Também, ressaltamos os pontos que são mais levantados por aqueles que não as consideram como unicórnios.
Confira a seguir!
Lista completa das startups unicórnio brasileiras em 2022
Facily | A plataforma de social commerce – que permite que os usuários se unam, façam grandes pedidos e obtenham descontos – recebeu US$ 135 milhões numa extensão de sua rodada Série D, liderada pela Goodwater e Propus. |
99 | A startup de aplicativos de transporte particular foi a primeira brasileira a se tornar unicórnio. Na época, a empresa recebeu um aporte de US$ 100 milhões do fundo japonês SoftBank e foi avaliada em mais de US$ 1 bilhão. Se tornou um unicórnio em janeiro de 2018. |
Pag Seguro | Um dos unicórnios mais controversos, não por não ter atingido o valuation de US$ 1 bilhão, mas sim pela discussão se é ou não uma startup. A PagSeguro atua como intermediador de pagamentos em vários locais, on-line e por meio de pagamentos por cartão. É uma empresa parte da UOL. Por isso, alguns não a descrevem como startup. |
Nubank | Tendo uma brasileira entre os fundadores, o Nubank chegou a marca de unicórnio em 2018, após participar de uma rodada de investimentos. A fintech chegou ao valor de US$ 1 bilhão em 2018 e se tornou o terceiro unicórnio brasileiro. |
Arco Educação | A Arco Educação passou por um processo diferente da maioria das startups brasileiras que se tornaram unicórnios. O fundador fez uma oferta pública inicial de ações de US$ 210 milhões na Nasdaq, em 2018. A empresa, que até hoje é pouco conhecida, entrou para a Nasdaq, sendo a primeira brasileira do setor na bolsa de Nova Iorque. |
Movile (iFood) | O iFood recebeu um investimento de US$ 500 milhões durante um aporte liderado pela Movile, Naspers e Innova Capital. Os fundos de capital de risco investiram US$ 400 milhões na Movile, empresa que comprou o iFood em 2014 e que completou a quantia do aporte. Dessa forma, a empresa atingiu a marca de US$ 1 bilhão e se tornou um dos unicórnios brasileiros em novembro de 2018. |
Stone | Fintech que atua como processadora de pagamentos. Levantou US$ 1,5 bilhão na Nasdaq, atingindo um valor de US$ 9 bilhões. |
Brex (americana mas fundada por brasileiros) |
A fintech, que tem como produto chefe um cartão de crédito corporativo, não está no Brasil, mas foi fundada por brasileiros nos EUA. Nesse caso, também há discussão sobre sua inclusão na lista. De qualquer forma, atingiu o valor de US$ 2,6 bilhões ao receber um aporte de US$ 100 milhões em 2019. |
Gympass | Aplicativo de bem-estar que reduz linha de custo das empresas e facilita o acesso do público a serviços de atividade física. A startup recebeu aporte de US$ 300 milhões, liderado pelo conglomerado SoftBank. O que aumentou a avaliação de mercado para US$ 1 bilhão. |
Ascenty | Talvez um pouco mais desconhecida para o grande público, a empresa atua com data centers no Brasil. Fundada em 2010, foi vendida em 2018 para a americana Digital Realty e a canadense Brookfiel por US$ 1,8 bilhão. |
Loggi | A startup de tecnologia, que conecta empresas, consumidores e motofretistas, foi a oitava do país a ser avaliada em US$ 1 bilhão, após rodada de investimentos de US$ 150 milhões. Investimentos feitos por SoftBank, Microsoft, GGV, Fith Wall e Velt Partners. |
Quinto Andar | A nona startup a entrar na lista de unicórnios foi a Quinto Andar. A empresa de tecnologia, especializada em aluguel de imóveis, foi avaliada em US$ 1 bilhão após participar de uma rodada de investimentos de US$ 250 milhões. Os aportes foram liderados pelo fundo Dragoneer, que já investiu no Uber e Nubank, e pelo SoftBank, grupo japonês que investiu no Creditas, Rappi, Loggi e Gympass. |
Ebanx | No final de 2020, a fintech de pagamentos Ebanx entrou para a lista de startups unicórnios do Brasil. A empresa, que processa pagamentos cross-border para negócios como Airbnb, AliExpress, Pipedrive, Spotify, Uber e Wish, recebeu aporte não revelado. Mas atingiu a marca de US$ 1 bilhão. |
Wildlife | Empresa de jogos para celular que recebeu, em fevereiro de 2020, US$ 60 milhões, com valuation de US$1,3 bilhão. |
Loft | A empresa de compra e venda de imóveis recebeu investimento de US$ 175 milhões em rodada liderada pelos fundos Andreessen Horowitz, Fifth Wall Ventures e Vulcan Capital. |
Vtex | A startup de e-commerce fez nova rodada de investimento durante a pandemia e foi avaliada em US$ 1,7 bilhão. O objetivo é usar o aporte para usar mais inteligência artificial nas soluções. |
Creditas | A fintech de crédito com garantia de veículos (auto equity) e de imóveis (home equity) recebeu rodada de US$ 225 milhões, com valuation de US$ 1,75 bilhão em 2020. |
C6 Bank | No final do ano de 2020, o banco digital C6 Bank atingiu a marca de US$ 2,1 bilhões, ou seja, R$ 11,3 bilhões. Patamar alcançado graças a uma capitalização de R$ 1,3 bilhão. |
Madeira Madeira | O e-commerce de artigos do lar recebeu aporte de US$ 190 milhões em 2021, o que o levou a um valuation de US$ 1 bilhão. |
Hotmart | A startup de cursos on-line atingiu o valuation acima de US$ 1 bilhão (número oficial não divulgado), após receber R$ 735 milhões na rodada de captação série C, liderada pelo fundo americano TCV, investidor da Netflix e Airbnb. |
Unico | A startup de biometria facial e autenticação de documentos levantou, em agosto de 2021, US$ 120 milhões em uma rodada Série C, liderada por Softbank e General Atlantic. |
Nuvemshop | A plataforma de e-commerce recebeu novo investimento de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões) na última rodada (Series E), coliderada pelos fundos Insight Partners e Tiger Global Management. |
Grupo Frete.com | A empresa, especializada em conectar caminhoneiros com transportadoras, recebeu aporte de US$ 200 milhões, liderado pela empresa chinesa Tencent e pelo fundo japonês SoftBank. |
CloudWalk | A startup de pagamentos atingiu o valor de mercado de US$ 1 bilhão após receber investimento de US$ 150 milhões, principalmente do fundo americano Coatue. |
Merama | A startup de comércio eletrônico obteve US$ 60 milhões em rodada adicional de investimento liderada pela Advent e SoftBank, ultrapassando o valor de mercado de US$ 1 bilhão em dezembro de 2021. |
Daki | A startup de delivery de produtos de mercado, com apenas 11 meses de “vida”, recebeu aporte de US$ 260 milhões em dezembro de 2021. |
Mercado Bitcoin | A startup, que é focada em câmbio de criptomoedas (a primeira da América Latina a se tornar unicórnio no segmento), passou a valer mais de US$ 2 bilhões após receber um aporte US$ 200 milhões pelo Softbank. |
Olist | A startup de soluções de vendas on-line e e-commerce alcançou o feito após fechar uma rodada Série E no valor de R$ 1 bilhão (US$ 186 milhões), liderado pelo fundo norte-americano Wellington Management. Rodada que também teve participação de SoftBank, Corton Capital, Valor Capital, Goldman Sachs, Globo Ventures e do investidor Kevin Efrusy. |
Facily | A plataforma de social commerce – que permite que os usuários se unam, façam grandes pedidos e obtenham descontos – recebeu US$ 135 milhões numa extensão da rodada Série D, liderada pela Goodwater e Propus. |
Neon | A fintech Neon se tornou unicórnio após uma rodada série D de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão), realizada pelo banco espanhol BBVA. |
Dock | A startup de infraestrutura, responsável por operar uma plataforma para pagamentos e bancos digitais em toda a América Latina, levantou US$ 110 milhões (R$ 565 milhões) em uma rodada de financiamento growth liderada pela Lightrock e Silver Lake Waterman. |
Pismo | A Pismo, startup que desenvolve tecnologia bancária e de pagamentos, foi adquirida pela Visa. Tornou-se, assim, o primeiro negócio nacional a ascender ao título de unicórnio em 2023. A fintech, comprada por US$ 1 bilhão, é um dos únicos unicórnios brasileiros com mulheres no time de fundadores. |
Além da discussão de quem já é ou não um unicórnio, há uma pergunta frequente: quais serão as próximas startups dessa lista? Então, trouxemos algumas apostas do mercado abaixo.
Lista de outras startups para ficar de olho
As empresas abaixo também têm crescido e captado valores interessantes com os seus investidores.
- Buser – Logística
- Contabilizei – Serviços Contábeis
- Dr. Consulta – Saúde
- Minuto Seguros – Seguros
- Petlove – Petshop
- PicPay – Fintech
- Pipefy – Gestão
- Resultados Digitais – Vendas e Marketing