O CareTech Movement está buscando redesenhar a cadeia de cuidados do Brasil. Beleza, cuidados pessoais e hábitos saudáveis ganham um novo entendimento a partir da tecnologia e as tendências que ela provoca para o setor. O redesenho também é provocado pelo design e o desejo de tornar essa indústria mais “human centered” ou centrada no humano. Para esse desafio contamos com sua ajuda para mapear os negócios e atores importantes desse novo olhar.
Como funciona essa nova visão? Vamos usar uma das tendências do mercado de bem-estar para dar esse exemplo.
O Global Wellness Summit em seu último relatório descreveu o renascimento do olfato como uma tendência importante que impacta essa nossa cadeia de cuidados e também algumas outras.
Na academia, os pesquisadores Linda Buck e Richard Axel, ganhadores de um prêmio Nobel de Fisiologia por seu trabalho, descobriram a existência de aproximadamente 1.000 genes olfativos em nossos corpos e uma estimada capacidade do ser humano de diferenciar cerca de 10.000 aromas. A partir desse trabalho, outros estudos mostraram o efeito neuropsicológico e o poder do olfato em acionar diferentes áreas do cérebro. Seu papel para a memória é tão relevante que vem sendo considerado como uma rota importante para o tratamento do Alzheimer.
Mercadologicamente essas descobertas têm gerado diferentes tipos de produtos e serviços. Da Aromaterapia às Fragrâncias Funcionais, que usam esses aromas para estimular diferentes reações em nossos corpos. Esse é o caso da Nue Co, que criou o primeiro suplemento nutricional anti-estresse, que pode ser usado como uma fragrância. O que também foi o caminho do perfumista suíço Valeur Absolue, que adicionou aromas em suas fragrâncias com a intenção de acalmar ou inspirar paixão, por exemplo. Os dois casos estão diretamente conectados às pesquisas científicas sobre o poder do olfato em ativar funções cerebrais. São velas, perfumes, entre outros diversos produtos e até startups que se ancoram nessa tendência para gerar novos negócios.
A startup japonesa Scentee está desenvolvendo um difusor inteligente que, acionado pelo seu celular, permite que você programe sensações e momentos de acordo com o seu dia. Um aroma para estimular seu despertar ou ativar sua produtividade durante o trabalho, por exemplo.
Essa viagem pelo olfato deixa clara a conexão entre a academia, o mercado e as inovações geradas em nossa cadeia de cuidados. Mas os investidores, associações, e todos os fornecedores que ajudam a executar a visão do produto acompanham as inovações descritas. Quando essa cadeia se comporta como um ecossistema que interage também fora das relações comerciais, tudo isso ganha velocidade.
Queremos trazer para nosso movimento, pesquisadores, startups, empresas e profissionais capazes de gerar inovação em rede e transformar o mercado de cuidados no Brasil. Um dos passos importantes para realizar esse desafio é mapear quem está produzindo conhecimento e inovação no Brasil com impacto nesse mercado; onde essas empresas e pessoas estão; quais são suas competências tecnológicas. Esse mapa pode proporcionar um caminho direto para parcerias de inovação, gerar insights sobre tendências, reforçar vocações regionais, desvendar tecnologias. Por isso, além de um esforço ativo de buscar em centros de pesquisa e startups, contamos com você para recomendar e cadastrar em nosso mapa, especialmente soluções que não estejam intuitivamente relacionadas, mas cujos pesquisadores estão vendo oportunidades de aplicação nesse mercado. A análise dos resultados desse mapeamento será compartilhada ao longo do CareTech e servirá de apoio à ação de matching durante o decorrer do movimento.
Você gostaria de saber quem são essas pessoas e empresas? Quer fazer parte do movimento? Se inscreva no encontro do dia 03 de Setembro, recomende outros participantes e faça parte de nosso mapeamento através desse link.
Um novo tipo de cuidado está para nascer, e o CareTech é o movimento de aceleração dessa cadeia. Faça parte!