Valor Econômico | Por Thomaz Gomes | De São Paulo
O campo de atuação das startups é cada vez maior e o impacto na vida dos brasileiros está disseminado – dos sistemas de gestão para lavouras familiares às plataformas de análise de dados para grandes indústrias, passando pelos softwares que estão transformando as áreas de educação e saúde. Em meio à efervescência desse cenário, o ranking 100 Startups to Watch tem por objetivo orientar investidores, aceleradoras e programas de “corporate venture“.
Resultado de uma parceria entre as revistas “Pequenas Empresas & Grandes Negócios” e “Época Negócios”, da Editora Globo, e a Corp.vc, braço de corporate venture da consultoria EloGroup, a elaboração do ranking das 100 startups brasileiras para ficar de olho demandou mais de cinco meses de coleta e análise de dados.
“As informações relativas a inovação, mercado e escalabilidade das empresas foram analisadas por mais de 40 especialistas. Ao combinar abordagens quantitativas e qualitativas, conseguimos apresentar um panorama completo do setor”, diz Hudson Mendonça, coordenador da pesquisa.
Com mais de 1,3 mil inscrições, o ranking traz um levantamento inédito do ecossistema de tecnologia e inovação do país, incluindo perfil dos fundadores, rodadas de investimentos e volume de faturamento das startups brasileiras.
A pesquisa tem como objetivo formar uma base de dados que ajude a entender e estudar a comunidade de negócios de tecnologia no país. É uma iniciativa inédita, que será realizada anualmente.
Na primeira fase do processo seletivo, as startups preencheram um formulário composto por 25 perguntas. As questões abordaram pontos relacionados a grau de inovação, tração comercial, perfil das equipes e estágio de captação de investimentos das empresas.
A triagem inicial eliminou formulários com respostas inconsistentes ou incompletas. Também ficaram de fora empresas com propostas desalinhadas ao conceito de startup (negócio repetível e escalável em cenários de incerteza). Na segunda rodada de avaliações, a análise foi feita por consultores e especialistas da Corp.vc/EloGroup e da Editora Globo.
Um grupo de 150 finalistas foram apresentadas ao conselho consultivo (agentes de fomento do ecossistema empreendedor), que definiu a lista das 100 startups brasileiras que integram o ranking.
As empresas que participaram desse projeto apontaram problemas comuns ao universo das startups. A dificuldade de captar investimentos para desenvolver produtos e consolidar estratégias comerciais está entre os principais obstáculos e afeta, em especial, aquelas cujos negócios demandam ciclos extensos de pesquisa e desenvolvimento.
Formar base inicial de usuários pagantes é outra barreira a ser superada pelas startups. A dificuldade é particularmente forte em empresas com modelos de negócio ligados a vendas para órgãos públicos e consumidores finais.
Contratar e reter profissionais qualificados continua a ser um gargalo crítico para empresas de diversos setores. Vagas relacionadas à nova economia – como programação, análise de dados e gestão de canais digitais – estão entre as que apresentam as maiores demandas de recrutamento.
Ganhar escala esbarra em custos de infraestrutura física e tecnológica. O gargalo é observado nos investimentos de armazenamento em nuvem e nos gastos para manter espaços de trabalho físicos.
A reportagem completa será publicada amanhã na revista “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”.
Link da Reportagem: http://www.valor.com.br/empresas/5427613/startups-brasileiras-para-ficar-de-olho
Leia também a lista feita pelo Pedro Teixeira, da Troposlab, no início do ano: 10 STARTUPS PARA FICAR DE OLHO EM 2018