Existem muitos tipos de empreendedores no mercado. Neste texto, vamos falar especificamente sobre dois deles.
Empreendedor tipo 1
Alguns empreendedores que fazem questão de estar no dia-a-dia da empresa. Conversam com os clientes, estão juntos no desenvolvimento do produto, revisam minuciosamente cada processo da empresa junto à equipe. Esse tipo de empreendedor acredita na sabedoria popular que diz que “o olho do dono é que engorda o boi”.
Empreendedor tipo 2
Por outro lado, existem empreendedores que estão 2 anos à frente da própria empresa. Ao invés de mergulhar na rotina, estão monitorando o mercado, descobrindo tendências, planejando o próximo passo. Esse tipo de empreendedor acredita no que a empresa deve ser no futuro e não no que ela é hoje.
Qual deles é o ideal?
A princípio, conseguimos ver pontos positivos em ambas as estratégias, mas elas possuem também suas armadilhas.
Empreendedores do tipo 1, costumam ser muito controladores e, por vezes, acabam limitando o crescimento da empresa por não aceitarem delegar. Ao querer controlar a qualidade de todas as entregas e saber de tudo, esses empreendedores impedem a empresa de crescer. Afinal de contas, o dia de todo mundo sempre tem no máximo 24 horas.
Por outro lado, empreendedores do tipo 2, podem ficar tão preocupados com o externo, que esquecem do dia-a-dia. Olham para o futuro, mas não enxergam os gargalos que a empresa está enfrentando hoje, e assim, a empresa não consegue avançar até alcançar o sonho que esse empreendedor imagina.
Claro que nós sempre tendemos a pensar: como tudo na vida, a moderação é fundamental, o empreendedor deve mesclar um pouco de cada perfil, certo?
Sim e não.
Essa é uma estratégia comum, e é possível que a maioria dos empreendedores de sucesso tenha testado com relativo sucesso, ao menos durante um período, essa estratégia. Quando a empresa está começando, conseguimos exercer ambos papéis, mas, à medida que ela cresce, fica cada vez mais difícil. São pouco empreendedores, como o Steve Jobs, que conseguem trazer o melhor dos dois mundos até o estágio de uma grande empresa. E, mesmo assim, existem limites.
Outro caminho é dividir esses papéis entre sócios diferentes. Um dos sócios é responsável por pensar os possíveis caminhos do futuro enquanto outro cuida da qualidade no presente.
Essa segunda estratégia costuma dar mais certo, durante mais tempo, mas, ainda assim, com o crescimento da empresa, se torna cada vez mais difícil sustentar. Cada área, departamento ou unidade de negócio da empresa começa a crescer de tal maneira que a distância entre o sócio e o dia-a-dia começa a ficar muito grande.
O que fazer então? Como manter essa proximidade do sócio na rotina e com a equipe, e manter uma visão de futuro à medida que a empresa cresce?
Criando uma cultura de intraempreendedores, onde cada membro da equipe possui “olhar de dono”; e trabalhando o propósito junto a essas pessoas enquanto o negócio cresce. Assim, a sua empresa deixa de ter poucos sócios e passa a ter vários “donos”, com características diferentes e complementares, dando capilaridade ao que foi criado no início da empresa e que foi responsável por trazer vocês até esse ponto.