5 práticas colaborativas de sucesso para sua empresa

  • Práticas colaborativas que dão certo

Nossa sociedade só se sustenta sobre a capacidade de colaborar e compartilhar recursos. Com tantas desigualdades que vivenciamos, parece que não temos cumprido bem nosso papel. Mas, ainda assim, as práticas colaborativas devem ser as bases de nossa sociedade.

Somos colaborativos por natureza. A espécie humana é assim. Se voltássemos no tempo e observássemos a natureza antes da existência das cidades e tecnologias que nos protegem, perceberíamos que nós, seres humanos, não tínhamos recursos físicos como diversos outros animais. Nossa sobrevivência não vem da capacidade física. Não temos dentes grandes, garras, carapaças, nem sentidos aguçados como outros animais: nossos bebês nascem completamente despreparados para sobreviver. 

Mas, então, como nos tornamos a espécie dominante do planeta?

Aprendemos a gerar soluções criativas a partir de práticas colaborativas: a sermos animais inovadores, gerando soluções em conjunto para os problemas que nos afligiam. Desenvolvemos uma teia social complexa, baseada na confiança, sobre a qual nos responsabilizamos uns pelos outros.

Temos a necessidade de conexão com os outros, não apenas fisicamente, mas também mental e emocionalmente. Isso vale tanto para as nossas relações pessoais como profissionais. Adotar práticas colaborativas nas relações profissionais é trazer a nossa natureza para o dia-a-dia, tornando-nos naturais e orgânicos, o que gera felicidade e produtividade.

Ao entendermos a colaboração como algo natural, pensamos que todos estão dispostos a vivê-la em plenitude, o que nem sempre ocorre. É preciso fazer investimento emocional e de tempo para que a colaboração funcione bem.

Por isso, indicamos 5 práticas colaborativas de sucesso que podem ajudá-lo nesse processo.

1. Alinhe sonhos e expectativas

É necessário muita coragem e caráter para ser um líder que age colaborativamente.  Porque os resultados e projetos não serão mais apenas seus, serão do grupo. Todos caminhando juntos e entregando de acordo com suas capacidades formarão a entrega final. 

Para que isso ocorra, cada um terá que abrir mão do que quer individualmente e focar no que é realmente necessário. Do contrário, o projeto passa a ser de muitas pessoas, mas não colaborativo.

Uma metodologia de planejamento colaborativa chamada Dragon Dreaming é muito interessante e relevante para exemplificar o que estamos falando.

A metodologia entende que todo sonho nasce dentro de uma pessoa e que essa pessoa sonhadora, no caso, o líder, trará mais gente para trabalhar com ela. Após formar a equipe e dividir o sonho, um ritual muito bonito ocorre. Esse líder perguntará ao grupo:

O que é necessário que esse projeto tenha para que ele seja um sonho para você também?

Esse líder escuta cada pessoa da equipe e anota até que todos tenham falado. Depois. conversa sobre o que pode fazer para que o máximo de pedidos seja contemplado.

Nesse momento em que reescrevem os pedidos, contemplando os outros integrantes do grupo, o sonho morre no líder e nasce em todos. Agora é um novo sonho, algo em que todos se reconhecem e querem fazer dar certo.

2. Promova a conexão

Como falamos anteriormente, somos seres sociais. E a colaboração é natural para nossa espécie. Mas a capacidade de colaboração aumenta na mesma proporção da confiança que temos no outro. Para gerar confiança, precisamos de conexão.

Não peça um desafio complexo para uma equipe que mal se conhece. Equipes com conexões pessoais fortes realizam grandes feitos. Isso porque não estarão fazendo apenas pelo objetivo final, mas por viver aquela experiência naquele grupo ser incrível.

Invista na qualidade da conexão de sua equipe. Existe o tempo de ser produtivo, e existe o tempo do ócio criativo. Investir tempo no relacionamento é um investimento para que todos sejam mais produtivos como equipe no futuro.

3. Faça acordos com a equipe

Trabalhos colaborativos necessitam de trocas constantes. Isso quer dizer que as pessoas compartilharão o mesmo espaço (presencial ou virtual), passarão tempo juntos, compartilharão ideias, sentimentos, enfim, farão trocas! Alguns conflitos surgirão. E boa parte deles se dará por questões não combinadas logo no início.

Faça os acordos necessários com a equipe para que a convivência seja produtiva. O óbvio tem que ser dito. 

Faça a seguinte pergunta:

O que é necessário para que esse nosso tempo de trabalho como equipe seja agradável e produtivo?

Surgirão diversos tipos de respostas: desde regras de comportamento, tais como pontualidade e padrões de comprometimento, até a necessidade de elementos físicos que componham o espaço, passando por rituais de comemoração de cada conquista. Em geral, as pessoas sugerem coisas muito simples, fáceis e baratas, mas que levariam tempo para que fossem percebidas caso não houvesse a pergunta.

Não cometa o erro de pensar que não precisa rever os acordos só porque todos trabalham na mesma empresa. Ao formar uma nova equipe, temos uma nova forma dessa empresa existir. E, portanto, a necessidade de alinhamento.

4. Defina o responsável pelas tarefas

Nós estamos sempre cheios de tarefas para fazer e eventos para ir. As prioridades de entrega mudam constantemente dependendo da situação. 

E, por haver uma equipe colaborativa, acreditamos que basta definirmos o que precisa ser feito que alguém o fará. Isso só ocorre em equipes extremamente maduras, que já trabalham juntas há muito tempo.

Se você está com uma equipe nova e quer ser colaborativo, deixe tarefas claramente definidas. Pode até pedir que cada um escolha sobre o que quer ser responsável, mas a tarefa sempre tem que ter um dono. Senão ela perde prioridade em relação a outras claramente definidas.

Daí vem uma confusão clássica. Pensamos que não temos uma equipe colaborativa porque, afinal, ignoram necessidades do projeto quando, na verdade, ela só está mal gerida, sem a definição clara das responsabilidades de cada um.

5. Pratique a comunicação não violenta

Se você leu as práticas colaborativas acima e se identificou, você fez todos os passos certos: criou um sonho junto a todos, definiu acordos em grupo, criou conexões fortes, tem puffs coloridos e usa uma plataforma para gestão das tarefas. Mas como você reage diante do erro de alguém da equipe? Se você desrespeita essa pessoa na forma de falar, a menospreza ou exagera nas consequências do erro, tudo será em vão.

Nossas relações são estruturadas a partir da comunicação que fazemos. Se nossa comunicação é violenta, não geramos confiança nas pessoas, o que impede a conexão genuína e a colaboração.

O psicólogo Marshall Rosenberg estudou sobre a comunicação e como a usamos de forma violenta. Ele desenvoveu uma metodologia para que consigamos eliminar a violência de nossas palavras. Ele a explica com detalhes no livro “Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”.

Cada uma destas práticas colaborativas pode ser viabilizada quando a colaboração é, de fato, desejada. Não que sejam fáceis. Mas, a cada vivência, mais simples se tornam. Tente diminuir os erros simples deixando espaço para os erros mais complexos.

Além disso, preparamos um conteúdo completo com 5 dicas infalíveis de organização para lideranças. Leia agora.

Por |2024-05-02T12:58:38-03:0012/06/2020|inovação|

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