9  perguntas pra avaliar se sua empresa está pronta para inovar

A certeza de que nada precisa mudar é a primeira coisa que precisa mudar em sua empresa. 

Tudo no mundo pós moderno vai se transformando rápido, a quantidade de informação disponível é a maior de todos os tempos: 

  • Só no Youtube Brasil, são carregados 500h de vídeo por dia.
  • Se uma única pessoa fosse assistir todos os vídeos que o YouTube veicula em 24 horas, levaria nada menos que 2.739.726 anos para cumprir essa tarefa
  • Se todo conteúdo digital do mundo fosse armazenado em iPads, eles formariam uma pilha com altura igual a dois terços da distância entre a Terra e a Lua.

Não queremos você num estado obsessivo, buscando erros a serem consertados e pessoas a serem corrigidas, queremos que você enxergue oportunidades para construir uma empresa mais inovadora. Por isso, vamos lhe mostrar uma forma criativa e colaborativa de gestão, que naturalmente te coloca no caminho da mudança. Uma coisa é importante saber: o medo de errar é o próprio erro. 


Ser uma empresa inovadora não é uma opção, é uma necessidade. Então, o que você precisa se perguntar para saber se a sua empresa está caminhando nessa direção? Elencamos 9 para te ajudar nessa avaliação. 

1 – A minha empresa está fazendo perguntas do tipo “E se…”?

O princípio da criatividade é a dúvida. E o princípio da inovação é a criatividade. Uma empresa inovadora tem pessoas perguntando “E se…?” continuamente para cada ponto, abrindo as possibilidades do que pode acontecer.

Segundo o livro de criatividade “Toc na Cuca”, do autor  Roger Von Oech, as perguntas com “E se…?”, quando bem empregadas, abrem sua mente para novas possibilidades e lhe ajudarão a prever as tendências do mercado e a preparar-se para mudar, porque te fazem questionar todas as possibilidades. 

 Ninguém consegue saber as mudanças futuras com exatidão, mas ignorar as possibilidades, acreditando que tudo continuará como está, será a condenação da sua empresa.

2 –  Estou negando novas ações, com base em opiniões?

Opiniões não são certezas, são apenas uma das opções, baseadas nas suas experiências de vida e conhecimentos. Daniel Kahneman, no livroRápido e devagar“, mostra como os seres humanos fazem escolhas baseadas em emoções e regras pré definidas em sua mente (heurísticas), isto é, não usam a lógica como base para as decisões. Isso reduz muito a assertividade e possibilidades das escolhas, já que cada pessoa tem uma quantidade limitada de referências.

Empresas inovadoras tomam decisões baseadas em evidências, utilizam métricas que mostrem que suas opiniões estão numa direção certa, buscam realizar o ciclo de validações de ideias continuamente. Esse processo não exclui o feeling que vem da experiência, dos muitos anos de trabalho num determinado setor, mas o torna um motivador para a experimentação.

3 – Está faltando proatividade em minha equipe?

Sua equipe fica repassando os trabalhos? Ignora problemas? Só faz as ações que foram mandadas diretamente?

Uma equipe sem propósito claro não tem tesão. Uma equipe sem tesão não pensará em coisas diferentes e relevantes para melhorar seu negócio. Vai continuar apenas repetindo as ações anteriores, porque manter tudo como está não dá trabalho.

As empresas que mais inovam são dirigidas por um propósito profundo, que está conectado aos clientes aos quais servem. O líder demonstra em suas ações e falas que vive esse propósito. Todos querem deixar um legado e fazer parte de algo maior.  A proatividade surge naturalmente em quem tem um motivo maior para realizar suas tarefas.

4 – Falo apenas de tecnologia?

Um erro frequente que cometemos ao falar de inovação é definir a inovação como tecnologia nova, como uma invenção fascinante. É provável que novas tecnologias se tornem inovações, mas não é uma certeza. A inovação se desenvolve em outros níveis da empresa, além dos produtos e serviços oferecidos, desenvolvendo novos processos, novas formas de gestão, novas formas de recebimento, modelos de negócio…

Novas tecnologias são essenciais para o desenvolvimento de empresas inovadoras. Mas, para que sejam perfeitamente utilizadas, precisam vir junto com uma nova mentalidade e comportamentos, e assim não virar apenas um brinquedo caro demais, que ninguém quer usar.

5 – Eu possuo uma equipe antiga?

As pessoas imaturas são como água, qualquer recipiente serve para elas. Não precisam ser convencidas, apenas seguem o fluxo.

Do outro lado do gradiente, temos as pessoas ultrapassadas, as antigas, essas são como pedras. Já “descobriram” todas as verdades da vida, já sabem todos os caminhos e respostas. A pedra é cheia de pontas e cabe em lugares muito específicos. Se tentar encaixá-la num novo lugar, a força provavelmente vai quebrá-la.

No meio desses dois gradientes temos as pessoas maduras, aquelas com quem temos prazer em trabalhar. Elas terão características dos dois grupos anteriores, terão fluidez em seus pensamentos, terão valores duros como pedra, mas suas ações são como argila, podem ser moldadas, pois estão dispostas ao aprendizado.

Uma equipe antiga, não quer dizer uma equipe experiente e com muita idade, mas uma equipe que não quer mais aprender e mudar. 

Existem muitos jovens que, apesar da pouca idade, possuem uma mentalidade antiga. Já decidiram todas as respostas, já encontraram todas as formas “certas” de agir naquele mercado. Porém, logo o mercado vai mudar e eles perceberão que não sabiam tanto assim.

Valorize em sua equipe a capacidade de aprender com os desafios que vivem agora, independente da idade que possuem.

6 – Com que velocidade minha empresa se adapta a mudanças?

Assim como um ecossistema, o mercado consegue suportar uma certa quantidade de espécies de acordo com a quantidade de recurso disponível. Na natureza e no mercado, as quantidades dos diversos recursos vão variando no tempo e só os mais bem adaptados sobrevivem.

Esses que sobrevivem são os melhores competidores num nicho ou mercado específico. Outros seres poderiam também utilizar aqueles recursos, mas perdem para os mais bem adaptados.

Se sua empresa está perdendo mercado ao longo do tempo, é porque não está se adaptando, inovando, evoluindo rápido o suficiente para continuar sendo o melhor competidor naquela área específica. 

7- Eu conheço as preferências do meu cliente?

Esse ponto perpassa diversos pontos comentados anteriormente. Como empresa, temos o propósito de resolver uma dor específica de um tipo ou mais de clientes, por isso, precisamos continuamente aprender com eles e sobre eles. Após certo tempo da caminhada, é comum focarmos no produto, nos apaixonarmos por nossa ideia e esquecermos nossa figura de inspiração: o cliente.

Portanto, buscar entender a experiência do usuário e trazer a empatia como prática da empresa te manterá no ecossistema como o melhor competidor, pois assim entenderá com clareza quais recursos você tem disponíveis para desenvolver suas soluções para o cliente de agora, mantendo sua empresa no processo da inovação.

8 – Estou punindo os erros de meus colaboradores?

No caminho para a inovação não existe apenas uma opção correta, existe uma direção. O caminho é descoberto enquanto se caminha.

É comum confundirmos duas situações: erros morais e falhas de performance. 

Erro moral é ir contra algum valor que consideramos base de nossa sociedade, como desrespeitar a vida, pessoalidade e individualidade de cada um, agindo com violência e preconceito, por exemplo. 

Outra coisa é tentar aprimorar um processo, fazer algo novo e falhar ou não alcançar a performance desejada.

Claramente são situações diferentes, mas agimos da mesma forma, punindo e envergonhando as pessoas que não correspondem à nossa expectativa, seja moral ou de performance. Em situações de erro moral, as ações precisam ser claras e rápidas, a fim de conter o desrespeito. Mas quando é uma falha de performance, precisamos aprender a apoiar a equipe, dando o suporte material e emocional para continuar fazendo as perguntas “E se…?”, conhecendo a fundo nossos clientes através das validações de suas ideias, contrubuindo com a inovação da empresa.

9 – Eu desenvolvo espaços para criatividade?

No Rio de Janeiro,  por exemplo, é possível ver duas realidades muito interessantes:

  • No trem vemos um aspecto sujo nas paredes, pessoas falando alto e vendedores ambulantes de diversos tipos. Essas pessoas descem na estação Central do Brasil e entram no Metrô que fica no outro andar. 
  • Nesse novo lugar essas mesmas pessoas agem de uma forma completamente nova, não sujam o chão, não falam alto e há muito menos vendedores. 

Por que muda tanto o comportamento ao mudar o espaço, sendo que nos dois lugares estão praticamente as mesmas pessoas?

Nós somos influenciáveis por diversos estímulos, e ativamos hábitos diferentes dependendo desses estímulos. Pessoas, locais, sentimentos, cheiros e muitos outros podem ativar em nós um comportamento muito diferente do que praticado até então. 

As pessoas de sua empresa já criaram uma série de hábitos/comportamentos para cada espaço de sua empresa. Mudar esses pensamentos profundamente arraigados é possível, mas é difícil. Quando oferecemos um novo espaço, com novas regras e expectativas, podemos dar a chance de nossos funcionários acreditarem na mudança e que inovar é possível.

Depois de ler todos esses pontos acima você já está tomado por ideias e sentimentos. Alguns são de desconforto e outros lhe trazem esperança. Seu primeiro desafio agora possivelmente é vencer o medo. 

Nesse contexto, é comum darmos mais valor à colaboração do que a conselhos. Queremos a certeza de que o risco trará resultados e, por isso, nos aproximamos de quem nos traz essa segurança. Nós da Troposlab já fizemos essa jornada diversas vezes com muitas empresas e certamente podemos apoiar o seu percurso também. Portanto, conte conosco! Caso queira uma avaliação mais detalhada do seu momento ou a estruturação de ações de inovação com foco em resultados, é só mandar uma mensagem

Por |2023-05-11T09:58:51-03:0003/03/2020|cultura de inovação, inovação|

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