Todo profissional aprende em alguns anos de mercado de trabalho que deve se preocupar com a evolução da sua carreira. Avançar na carreira significa muitas vezes alcançar novos cargos, salários e responsabilidades. E para evoluir nesse caminho, o profissional vai atrás de capacitações que o tornam mais preparado para os desafios das novas etapas.
Tal caminho, no entanto, não é tão claro na trajetória de uma pessoa que empreende um negócio próprio. Independente da sua empresa nascer com 0 ou com 50 funcionários, ela já começa no topo hierárquico dela.
Sendo assim como evolui a carreira de um empreendedor? Na maioria dos casos, vemos seu papel evoluindo junto com o crescimento da empresa:
– Em uma empresa nascente é comum um empreendedor muito mão na massa. Mesmo que tenha alguns poucos funcionários, é provável ver esse empreendedor como um grande faz tudo (vende, produz, entrega, cuida da gestão, …). Nessa fase o empreendedor é como um trainee ou um analista junior, precisa se preocupar em fazer as suas atividades. Se tiver uma boa gestão do próprio tempo e das suas entregas, vai conseguir fazer tudo que precisa.
– Em um segundo momento, as vendas aumentam, a entrega demanda mais tempo e/ou a gestão fica mais complexa. Nesse momento, o empreendedor vê que precisa de ajuda e começa a contratar os primeiros funcionários para conseguir entregar as tarefas. Nessa fase o empreendedor é como um analista sênior, ainda muito mão na massa, mas já precisa delegar algumas tarefas e contar com a entrega de outros para que a empresa funcione. E também precisa cuidar da sua própria gestão e de alguns outros funcionários que contratou.
– Em seguida, o negócio atinge um patamar tal que o empreendedor já não dá conta de atuar em todas as áreas e precisa confiar em alguém para cuidar daquele ponto, talvez a equipe já cuide 100% da produção, das vendas ou do marketing da empresa, com inputs pontuais do empreendedor naquela área. Nessa fase, ele atinge o papel de coordenador, sendo o grande maestro da empresa, mas sem entrar no operacional de muitas coisas. Em alguns casos, inclusive, já delegando a gestão de alguns funcionários para outros com mais tempo de casa ou experiência na área.
– O próximo passo é quando o empreendedor começa a olhar mais para indicadores e gestão de pessoas do que para execução das tarefas. Nessa fase da empresa a grande contribuição do empreendedor é a visão estratégica da empresa e não mais o como executar. Ele já formou pessoas abaixo dele que conseguem tocar as suas áreas. O empreendedor atua como referência para os demais e grande tomador de decisões estratégicas do negócio. Nessa fase ele é como um gerente ou diretor, gere pessoas e suas entregas para garantir o resultado do negócio.
– Por fim, alguns empreendedores conseguem construir negócios maduros o suficiente a ponto de não precisarem mais deles. Nesse caso, cada área já funciona com autonomia e o negócio já consegue se auto regular. O empreendedor tem o papel não mais de olhar para o presente e para o funcionamento da empresa, mas sim para o futuro: Como o mercado vai mudar? / O que o nosso cliente vai precisar no futuro? / Que movimentos tecnológicos estão acontecendo? / Que novas áreas de negócio devemos criar? Nessa fase ele se torna realmente o CEO de um negócio.
Esse paralelo entre a carreira de um empreendedor e um executivo está na cabeça de muitos empreendedores, mesmo que não de forma tão clara. Agora, desses empreendedores, quantos se preocupam com a sua formação?
Da mesma forma que qualquer outro profissional, o empreendedor precisa se preocupar constantemente com a sua evolução profissional, cursos de atualização e afins, e não confiar apenas no aprendizado prático do dia a dia (o que, sem sombra de dúvidas, tem um enorme valor, mas não deve ser o único caminho para evolução do empreendedor).
No final do dia, se a tal carreira do empreendedor não evolui, a empresa não evolui com ele.
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