Estamos vivendo uma revolução. Poucas vezes na história da humanidade passamos por isso. Primeiro foi a revolução neolítica que nos trouxe os primeiros aprendizados sobre agricultura, alterando fortemente nossa forma de viver e nos organizar em sociedade – deixamos de ser nômades! Depois veio a revolução industrial, que fortaleceu a produção industrial com a tecnologia a vapor e com a qual aprendemos a produzir em escala. Agora estamos vivendo a revolução digital, ainda não sabemos em que ela vai resultar, mas sabemos que é marcada pela alta incorporação da tecnologia na vida da sociedade, em todos os níveis e rotinas, constituindo a Era Digital.
O uso intensivo de tecnologia impacta, novamente, a organização social. A forma como as pessoas pensam e se comportam diante das variadas situações do dia a dia está se alterando e caminhando rumo a novos padrões. O relacionamento interpessoal, a relação com meio ambiente, a interação com marcas e produtos, tudo isso tem passado por transformações significativas, o que provoca gestores de empresas a repensarem suas estratégias de relacionamento com o mercado.
Entre essas novas reflexões, a inovação tem sido um tema recorrente. Indiferente do porte e da área de atuação da empresa, já há um consenso entre muitos gestores sobre a inovação ser um elemento estratégico para a saúde e perenidade do negócio. O que não há consenso é sobre qual a melhor estratégia para inovar e como aplicá-la.
Dadas as constantes transformações, esse “não consenso” não se torna em si, um problema, mas gera inquietações que dificultam a tomada de decisão, considerando que há muitas incertezas sobre o que está por vir ou sobre onde tudo isso vai parar. O desejo por inovar na era digital somado à destinação de recursos para financiá-lo não são suficientes para inovar de fato. É preciso ter uma estratégia para inovar que considere aspectos como: cultura organizacional, disposição da equipe para inovar, nível de aceitação de riscos, resultados esperados entre outros.
É preciso considerar que não há uma receita pronta para a inovação acontecer. Cada empresa precisa partir da sua própria missão, vocação e objetivos para então traçar sua estratégia para inovar. Para isso sugerimos refletir sobre algumas questões:
- Inovação está no DNA da empresa?
A empresa nasceu como uma empresa que inova, sempre buscou estar na vanguarda em tudo que leva para o mercado, tem sempre um orçamento destinado à inovação ou está começando a falar sobre isso agora, tateando possibilidades?
- A cultura da empresa está preparada para inovar?
As pessoas se sentem convidadas a propor coisas novas, elas tem condições – processos e instrumentos – que as suportem nessas proposições? Os líderes estão preparados para assumirem os riscos inerentes à inovação e para processarem com suas equipes os erros cometidos para transformá-los em aprendizados?
- Qual o resultado esperado?
O que se espera alcançar quando decide-se pela inovação? A empresa busca resultados de curto ou longo prazo, mais focados em pessoas e cultura ou em processos e dinheiro? Quais os indicadores de sucesso, como acompanhá-los e com qual periodicidade?
Tais perguntas não tem respostas simples, diretas e binárias, do tipo sim ou não, ou certo ou errado. Talvez elas nem tenham respostas! O grande objetivo é refletir sobre o contexto da organização e sobre sua aptidão à inovação e, por isso, desenvolvemos uma ferramenta para te ajudar, que chamamos de Mapa da inovação (você pode acessá-lo aqui gratuitamente). Além disso, ter algumas referências pode ajudar a definir como inovar na era digital, então seguem algumas estratégias de inovação de clientes Troposlab, cujos nomes foram omitidos por questões de confidencialidade. Cada empresa traçou uma estratégia diferente, respeitando suas peculiaridades, mas destacamos todas como estratégias de sucesso.
Empresa 1 – Vamos com tudo!
Considera a inovação como estratégica para sua perenidade no mercado. Diagnosticou que tinha uma cultura pouco desenvolvida em aspectos de inovação e que precisava ter resultados de curto prazo para conquistar novos adeptos e então iniciar o processo de transformação digital. Desenvolveu uma estratégia de inovação ampla, com características de open e closed innovation e para cada uma delas, determinou metas específicas, para curto e longo prazos.
- Para saber mais sobre como desenvolver a cultura da sua empresa para gerar resultados de inovação, esse artigo pode ser um bom começo!
Empresa 2 – Com calma se chega longe!
Percebe a importância da inovação, mas não tem histórico inovador. Está começando agora a conhecer desse ambiente e a entender algumas possibilidades de ação. Ainda não está preparada para um programa de open innovation e por isso decidiu começar a inovação olhando para “dentro de casa”, por meio de um programa de intraempreendedorismo, tendo maiores preocupações com cultura, formação de pessoas e melhoria de processos.
- Ficou interessado em conhecer mais sobre programas de intraempreendedorismo? Te contamos um pouco mais nesse texto.
Empresa 3 – Benchmark é fundamental
Tem um histórico inovador focado em produto e acredita que para alcançar novos patamares, inclusive de produto, precisa inovar em outros aspectos. Realiza um trabalho de desenvolvimento de times de forma enfática, estimulando a adoção de metodologias ágeis nas suas rotinas diárias, e se relaciona modestamente com o ecossistema buscando aprender com pares do mercado a fim de construir sua estratégia de inovação da forma mais assertiva possível, tentando assumir riscos calculados.
- Se você ainda não sabe como incorporar as metodologias ágeis na rotina da sua empresa, esse artigo pode te ajudar nisso.
Empresa 4 – Amplitude e convergência
Tem a inovação no seu DNA, a vê como muito importante para cumprir sua estratégia e entende que a frequência de sucesso na inovação é, relativamente, baixa. Portanto alia diferentes ações de inovação ao mesmo tempo, destinando recursos e executando atividades diversas, acreditando que a somatória disso tudo será um resultado positivo. Cuida do desenvolvimento das pessoas ao mesmo tempo que desenvolve projetos com startups.
- Interagir com startups pode ser uma ação viável para sua estratégia de inovação. Veja aqui como você pode fazer isso!
As organizações, de uma forma geral, perceberam que inovar não é mais uma questão, elas já tem a consciência de que a inovação é necessária. A grande questão ainda é sobre a estratégia para inovar e as preocupações são sobre como atender todas demandas que a inovação gera enquanto o negócio atual continue em operação.
Nosso conselho é que os gestores se munam de informações, aprendizados do mercado e casos de sucesso para criar sua própria estratégia de inovação, como estes da VLI e da Mercedes-Benz do Brasil. Esperamos que esse texto te ajude na missão de inovar e que os breves casos dos nossos clientes lhe sirvam como inspiração. Você pode também consultar nosso Guia Básico de Inovação Tecnológica para Empresas e continuar acompanhando nossas redes sociais, onde sempre tentamos trazer aplicações práticas para os temas relacionados à inovação.
Sabemos que processos bem definidos e cultura desenvolvida com foco em inovação fazem toda diferença nos resultados que esse investimento pode trazer. Conte conosco, caso queira uma ajuda especialista para construir sua estratégia de inovação, definindo um processo sistemático em prol de resultados efetivos.