O termo startup vem sendo amplamente difundido, no Brasil e no mundo, vários “super negócios” são intitulados como tal e isso desperta em muitos a vontade de ter também uma mega empresa que fature muito.
Outra coisa que acontece é que como, em sua maioria, as startups têm como principal canal um aplicativo, muitos acreditam que lançar pura e simplesmente um aplicativo é ter uma startup ou que, ao fazer isso, conseguirão a “glória eterna de ter um super negócio que o(a) deixará rico(a)”.
Acontece que não é bem assim. Como diria o ditado “nem tudo que reluz é ouro”, a realidade mostra que de cada 10 startups, 9 têm um produto falho e encontram muitas dificuldades para se desenvolver. E que, muitos do que acreditam ter uma startup, apenas desenvolveram soluções tecnológicas simples ou replicaram algo já existente no mercado.
Mas afinal, o que é uma startup?
A definição mais comumente utilizada para o termo é a do autor do livro Lean Startup – Steve Blank. Ele define startup como “Uma organização temporária projetada para buscar por um modelo de negócios escalável e repetível que atua num ambiente de extrema incerteza”. Aqui temos alguns termos interessantes, como:
Organização temporária: Uma startup é um momento da empresa que virá em seguida. Ninguém permanece sendo uma startup para o resto da existência (desde que essa existência não seja apenas um sopro), mas acho muito interessante quando a empresa que derivou de uma startup mantém o “espírito” de startup em seu modo de atuar.
Modelo de negócios: Modelo de negócio é a forma com que a startup irá negociar seu produto/solução. Existem várias opções como SaaS, Assinatura, Marketplace, E-Commerce, etc. O importante é que esse modelo evidencie a solução e se adeque ao público-alvo, além de ser rentável, claro.
Escalável e repetível: Outra coisa importante sobre o modelo de negócios é que ele seja repetível, ou seja, que possa ser executado em vários locais distintos com baixa ou nenhuma variação no modelo; e escalável, permitindo um alto crescimento em faturamento sem um crescimento proporcional de estrutura. Por isso, pense global! Mesmo que você aja localmente no início, você tem a capacidade de vender para o mundo todo.
Incerteza: O solo onde a startup pisa é incerto. É necessário realizar muitos testes, errar e ajustar o modelo para que se possa diminuir essas incertezas e, mesmo assim, elas provavelmente nunca se vão, pois há muitas variáveis externas que podem abalar uma empresa em estágio inicial e com baixos recursos, como é o caso da maioria das startups.
Há outro fator muito importante a ser considerado, que são as pessoas. Um dos fatores que mais pesam na decisão de investimento, por exemplo, é o time da startup. Já ouvi diversas vezes que um time bom faz uma ideia ruim crescer, mas um time ruim põe a perder até as melhores ideias e é verdade! Busque pessoas boas, apaixonadas e complementares para o seu time.
Ter uma startup, às vezes é apenas um status, uma característica para colocar nas redes sociais, mas de que adianta ser o CEO de nada? Então, para não ser um CEO vazio, há um enorme caminho a seguir e aprender. Faça networking, converse com outros empreendedores e pesquise! Existem muito conteúdos e ferramentas disponíveis (como neste blog), que podem te ajudar a dar início à sua jornada.
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