Sabe-se que para um empresa conseguir inovar e se destacar como uma organização de fato inovadora, ela precisa se preocupar em criar uma “cultura de inovação”. Contudo, esse termo pode parecer muito abstrato e muitas vezes é difícil entender a importância da criação dessa cultura. Dessa forma, esse texto traz um compilado do que as fontes acadêmicas mais relevantes falam a respeito do tema.
Para falar sobre cultura de inovação, precisamos fazer uma análise organizacional, visto que o objetivo final da inovação é um bom desempenho organizacional e uma maior vantagem competitiva frente aos concorrentes.
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Concepções de cultura de inovação
Existem diferentes concepções de cultura de inovação. Uma visão abrangente sobre o tema que inclui aspectos estruturais e comportamentais, além de considerar fatores externos e internos à empresa é a de Brooke Dobni. Segundo ele, a cultura de inovação tem sido definida como um contexto multidimensional que inclui a intenção de ser inovativo, a infra-estrutura que dá suporte à inovação, comportamento de nível operacional necessários a influenciar o mercado e a orientação de valor e o ambiente para implementar a inovação (Dobni, 2008).
Outros autores, como Fernando Serra, Gabriela Fiates e Graziela Alperstedt reforçam a importância que a cultura de inovação exerce na geração de inovação:
uma postura inovadora nem sempre é fácil, pois depende de um ambiente favorável, de pessoas criativas e sem medo de errar, de recursos para pesquisas e uma interação muito próxima com o mercado e seus atores, de modo a perceber as oportunidades existentes (Serra, Fiates, & Alpersted, 2007).
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Modelos teóricos
Brooki Dobni propôs, 2008, um modelo de cultura de inovação que tem como objetivo um melhor desempenho organizacional. Segundo o autor, a cultura de inovação é a combinação entre a intenção de ser inovador, a infra-estrutura que dá suporte à inovação, o conhecimento a orientação dada aos funcionários como suporte aos pensamentos e ações essenciais à geração de inovação e um ambiente que dê suporte à implementação de inovações.
Edna Bravo-Ibarra e Liliana Herrera criaram em 2009 um modelo conceitual baseado nas seguintes boas práticas geradoras de inovação:
liberdade de exploração de temas relacionados com competências centrais; atitude aberta para a comunidade científica; predisposição à criatividade; ausência de identificação departamental; fomento do diálogo e a interação; comunicação frequente, informal, direta e aberta e comunidades de intercâmbio de conhecimento on-line com clientes e empregados (Bravo-Ibarra & Herrera, 2009).
Segundo as autoras, a liderança exerce um papel fundamental na geração de boas práticas geradoras de inovação.
Já os autores Steele e Muray criaram em 2004 um modelo focado na importância do desenvolvimento das pessoas na criação de uma cultura de inovação. Segundo os autores, as empresas precisam recrutar pessoas inovadoras e, apesar da área de P&D ser essencial em uma organização, ela precisa ser acompanhada de uma estratégia de inovação de toda a empresa.
Para Brettel e Cleven (2011), a cultura de inovação é uma faceta da cultura corporativa. O modelo proposto por eles é baseado em recursos e tenta analisar a influência que a abertura de uma empresa ao conhecimento externo possui sobre a cultura de inovação. Segundo esses autores, a inovação tecnológica possui uma relação positiva e significativa com atividades colaborativas com clientes, universidades e especialistas independentes. Além disso, orientação para aprendizagem e disposição para correr riscos também possui uma associação positiva com colaboração com clientes e especialistas independentes; e orientação para o mercado futuro possui relação positiva significativa com colaboração com fornecedores, universidades e especialistas independentes.
Na busca por fazer uma boa gestão da inovação, os gestores precisam se atentar à criação de uma cultura de inovação dentro de suas empresas. Trata-se, de fato, de uma tarefa complexa, visto que a cultura de inovação faz parte da cultura maior de uma organização. O que as definições e os modelos trazem de ponto comum é a necessidade de um trabalho comportamental quando se trabalha com cultura de inovação. A Troposlab vem atuando junto a várias em projetos de comportamento empreendedor e pode te ajudar nessa tarefa! Entre em contato com a gente para saber como.
