Você sabia que a principal causa de morte de uma startup é falta de mercado para o produto ou serviço que elas oferecem? Muitas pessoas acreditam que o Facebook, uma das principais referências de startups (lembrando que hoje a empresa já não é mais uma startup) não resolveu nenhum problema, e sim criou uma nova necessidade. Quando investigamos, contudo, as razões que levaram à criação do Facebook, descobrimos que a principal delas foi a necessidade que os alunos universitários tinham de se conectar e de estar em contato. Startups, portanto, precisam sim resolver um problema.
Mas como saber se a minha startup está realmente resolvendo um problema e/ou atendendo a alguma necessidade de mercado?
Para responder essa pergunta, um empreendedor deve avaliar a frequência em que o problema ocorre, o tamanho do público que sofre com esse problema, o nível de incômodo que esse público sente com o problema e a escalabilidade da solução.
Se o problema em questão representa um pequeno inconveniente na vida das pessoas, será mais difícil que elas comprem o seu produto ou serviço. Os empreendedores devem atacar problemas que geram desconfortos reais para seus clientes. Pode ser, inclusive, que já existam soluções para o problema em questão, mas que não acabem com o desconforto do consumidor igual ele gostaria.
É importante ressaltar que o problema precisa ser frequente para gerar uma receita contínua que compense o seu custo de aquisição de cliente. Quanto mais frequente for o problema resolvido, maior a probabilidade de que o consumidor seja fiel ao produto ou serviço.
O simples fato de resolver um problema real não justifica a criação de uma startup, ela precisa ter um produto ou serviço escalável. Se o problema é restrito a uma pequena parcela da população, o preço cobrado terá que ser muito alto, o que dificulta a venda. É muito mais interessante focar em problemas sofridos por uma grande quantidade de pessoas para ganhar em escalabilidade. Além disso, essas elas precisam vivenciar o problema de maneira similar, caso contrário, você acabará tendo que criar vários produtos, e isso implica a necessidade de mais recursos (tempo, dinheiro, conhecimento, etc).
Qual o primeiro passo para criar uma startup então?
Uma estratégia interessante é fazer o levantamento de vários problemas e, em uma etapa seguinte, priorizar o problema de acordo com os critérios citados no texto (frequência, tamanho do público, nível de incômodo e escalabilidade). Não é necessário desenvolver a tecnologia mais disruptiva ou o produto mais inovador da década, se você conseguir resolver um problema que atende a esses critérios, um valor será criado para seus clientes a vida deles já será melhor.
Se você precisa de investimento para desenvolver sua startup, a escalabilidade é ainda mais importante. Investidores querem garantia de retorno e, caso você não consiga apresentar um bom planejamento com uma previsão realista do crescimento do número de clientes, será difícil conseguir o dinheiro.
A criação de uma startup, portanto, começa idealmente na identificação de um problema para depois criar uma solução para ele. Iniciar o processo desenvolvendo uma ideia que você tem em mente pode funcionar em um primeiro momento, mas será muito difícil ganhar escalabilidade.
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