Protótipo: o que é, tipos e principais passos para realizá-lo

O termo Protótipo vem do grego prótos (= primeiro) e typos (tipo), o que, numa tradução quase literal, significa primeiro tipo ou primeiro modelo.

A prototipagem é um processo realizado nos mais diferentes modelos de negócios, com a finalidade de gerar POC (Prova de Conceito) ou MVP (Mínimo Produto Viável). A ideia é que, com o feedback dos usuários, o produto final tenha mais sucesso entre o público.

É necessário haver equilíbrio entre o nível de detalhes do protótipo e despesa. Basicamente, uma boa relação custo-benefício. Pensando nisso, confira alguns passos iniciais para fazer o seu protótipo:

1. Dedique-se ao esboço conceitual do seu projeto

A maioria dos projetos se iniciam com lápis e papel e depois começam a ser desenhados em softwares específicos, de acordo com a sua utilidade. Por exemplo, se você está fazendo uma peça de automóvel, precisará desenhá-la em um software profissional como o CAD.

2. Crie o protótipo seguindo suas especificações

É importante se basear nas especificações técnicas do produto final. Se o produto for feito de plástico, você poderá utilizar a impressão 3D como forma de prototipagem rápida.

Se possível, faça um protótipo que seja construído dos mesmos materiais que você pretende que o produto final seja feito. Ele testará se o projeto será funcional ou não, já que será possível ver e tocar o modelo.

3. Faça revisões e melhorias durante o processo

Aperfeiçoar ao máximo o produto final é justamente o objetivo do protótipo! Por isso, é muito importante ajustar o protótipo em todos os pontos que for necessário. Revise sempre todas as etapas de criação para identificar possíveis falhas e aplicar demais melhorias no projeto.

Quando o protótipo atender a todos os requisitos necessários, é o momento de criar o MVP para validar o mercado. É necessário cuidado e atenção redobrada para que tudo que foi colocado no papel seja transmitido realisticamente. 

É essencial conhecer os diferentes tipos de protótipos e entender em quais momentos eles podem ser melhor utilizados. Cada projeto é único e possivelmente você decidirá adotar um ou mais métodos de prototipação de acordo com o estágio em que o projeto se encontra.

Temos entre alguns, dois tipos de protótipos mais utilizados no mercado: os de baixa e alta fidelidade.

Protótipos de baixa a média fidelidade

Os protótipos nesta categoria são os mais simples de todo o processo e têm como objetivo consolidar a ideia e transformá-la num conceito de produto.  

Estes tipos de protótipos podem ir desde simples desenhos a modelos físicos, focados em identificar as funções essenciais a implementar.

Um protótipo de baixa fidelidade não tem uma aparência próxima à do produto final, servindo apenas para verificar se o conceito é funcional, se os aspetos técnicos e os componentes são compatíveis. Serve, sobretudo, para encontrar o máximo de problemas possível e rapidamente implementar soluções. 

Nesta fase, os protótipos devem explorar várias opções de funcionalidades para o mesmo resultado pretendido (benefício para o utilizador) e com base nos testes seleciona-se as funções que tenham melhores resultados.   

Estes protótipos de baixa fidelidade são menos rigorosos e mais flexíveis. Começam com uma versão básica do que é pretendido, uma representação simples da ideia, e vão sendo alvo de várias revisões até corresponderem aos requisitos mínimos de funcionamento definidos.  

Exemplos de protótipos de baixa a média fidelidade: 

  • Desenhos, diagramas e wireframes 
  • Modelação 3D e simulações 
  • Maquetes, modelos e impressões 3D  

Os custos de desenvolvimento e revisões são consideravelmente inferiores aos custos de produção e iterações de um protótipo de alta fidelidade, o que torna os protótipos de baixa fidelidade ideais para as fases iniciais de testes de várias ideias. É comum os protótipos de baixa fidelidade serem descartados quando os objetivos dos testes de viabilidade e funcionamento são atingidos.   

Objetivos de protótipos de baixa a média fidelidade:  

  • Testes de Funções e exequibilidade 
  • Identificação de Limitações Técnicas  
  • Prova de Conceito da Tecnologia 
  • Verificação da Proposta de Valor 

Protótipo de alta fidelidade 

Os protótipos de alta fidelidade (hi-fi), mesmo que se assemelhem muito ao mundo real, ainda são testes. São muito semelhantes ao MVP, apesar de continuarem a ser usados apenas para experimentos e não para venda ao público.   

Os protótipos de alta fidelidade já apresentam quase todas as funções e elementos estéticos que se pretende integrar no MVP, são usados para refinar os detalhes do que incluir ou não na versão final, sendo por isso mais dispendiosos do que os protótipos de baixa fidelidade. Ao contrário dos de baixa fidelidade, estes tipos de protótipos já devem ter em conta o método de produção em série do produto final, pois vão influenciar fatores como escolha dos materiais, complexidade de cada peça, dimensões, etc. 

Estes tipos de protótipos podem ser usados para demonstrações a alguns elementos do público-alvo. Estas demonstrações focam-se, geralmente, na detecção de falhas e identificação de elementos a melhorar, não tanto na aceitação ou validação do conceito, e são feitas em contexto real, com algumas limitações – como o tempo de utilização, não estarem todas as funções disponíveis, número máximo de utilizações 

Exemplos de protótipos de alta fidelidade: 

  • Estágio Beta e Alfa do protótipo 
  • Piloto  

É com base na informação recolhida ao longo dos testes do protótipo de alta fidelidade e no resultado final das várias iterações deste protótipo que é construído o MVP.  

Objetivos de testes de protótipos de alta fidelidade:   

  • Utilização 
  • Comportamento 
  • Interesse do público  

Não podemos esquecer que ainda que estes protótipos possam despertar algum interesse do público, os resultados dos testes de utilização nem sempre são um reflexo da procura no mercado, em particular porque os números conseguidos e o nível de compromisso são geralmente baixos. No entanto, os testes junto do público-alvo são extremamente produtivos na identificação de falhas no protótipo e oportunidades de resposta. Para analisar a procura, são necessários estudos complementares, exposição a um público mais alargado e, sempre que possível, compromissos de aquisição.  

Empreendedores de sucesso não esperam para falhar: eles são proativos, inovadores e não esperam que as falhas ocorram para lançar mão de novas ideias melhoradas!

Você sabe a diferença de protótipo e Mvp? Quando utilizar e por que utilizar cada um? Trataremos disso em nosso próximo texto! Fique ligado. 

Por |2022-10-26T11:36:42-03:0010/11/2021|empreendedorismo|

Compartilhe! Escolha a sua plataforma!

Me graduei em Administração e atualmente estou fazendo um MBA em Marketing e Negócios digitais. Tenho experiência no desenvolvimento de projetos de inovação em pequenas empresas, ambientes tradicionais, utilizando metodologias ágeis. Sou facilitadora de conhecimento nas áreas de empreendedorismo e modelagem de negócios e mentora voluntária em alguns projetos sociais. Sou uma pessoa que admira a diversidade de cultura e gosto de conhecer lugares e pessoas. Adoro passar os finais de tarde com meus bichinhos de estimação: meu jabuti, Donatello; meu dog, Pelúcia; e meu gato David Bowie.
Ir ao Topo