Tenho certeza que em algum momento você já ouviu falar que uma empresa investiu em Design Thinking e conseguiu reduzir os custos da sua operação ou, ainda melhor, que tal empresa adotou Design Thinking e aumentou o faturamento do seu negócio. Felizmente notícias como essas não são exceções, pelo contrário, o Design Thinking hoje é a metodologia de inovação mais usada nas corporações e vem gerando grandes resultados, inclusive temos alguns cases aqui.
Mas, neste artigo vamos falar o porquê do Design Thinking reduzir tantos os custos para as empresas e o porquê do Design Thinking ajudar a aumentar o faturamento. Na verdade, a resposta é bem simples: o Design Thinking é uma metodologia centrada nas pessoas, ou seja, em clientes, usuários, em quem de fato vai utilizar a solução, e, com isso, as chances de se criar um produto ou serviço que são úteis e que de fato o cliente deseje comprar são muito maiores.
Apesar de ser uma resposta simples, não quer dizer que é fácil botá-la em prática. Geralmente quando criamos um produto/serviço supomos que ele é o ideal para o nosso cliente e pulamos a etapa de validação da ideia e do problema, acreditamos que apenas a nossa ideia, que naquele momento parece a melhor do mundo, já basta. Existe até uma frase bastante conhecida no mundo da inovação: “Apaixone-se pelo problema e não pela solução”, de tão comum que é esse equívoco. E acredite esse não é um erro apenas de amadores, no ano de 2021 a startup alemã Pink Glove foi em um programa de televisão no mesmo formato do Shark Tank para apresentar a sua solução, que inclusive ganhou um aporte financeiro de cerca de 120 mil reais de um dos investidores. Porém, a repercussão pós programa foi negativa ao ponto de vários veículos noticiarem: “Homens criam startup para resolver problema feminino que não existe”. A solução da empresa era uma luva plástica rosa destinada à troca de absorventes internos e externos usados no período menstrual para gerar um descarte mais discreto e higiênico. Os criadores não validaram a solução com as usuárias e muitas responderam que não viam nenhum valor na luva, além disso a solução ia em desencontro com o crescente consumo de coletores menstruais e absorventes reutilizáveis. Por fim, a startup pediu desculpas nas redes sociais e prometeu revisar a sua solução.
O que podemos aprender com casos como o da Pink Glove? Antes de lançar é preciso testar e, para isso, vale criar uma versão minimamente suficiente para o cliente avaliar se aquilo tem de fato utilidade (daí a importância dos protótipos). Se isso fosse levado em consideração, a Pink Glove assim como muitas outras empresas poderiam evitar o fracasso de produtos ou irem com serviços mais aperfeiçoados. Por isso tenha como prioridade prototipar, testar de forma rápida e melhorar o produto.
A metodologia do Design Thinking não tolera decisões baseadas em achismo, as decisões devem ser exclusivamente baseadas em dados. Em outras palavras, em feedbacks de clientes e pesquisas de mercado. O lançamento do produto pode até ser de fato mais demorado, mas é muito mais barato e assertivo se dedicar à etapa de prototipação do que produzir em massa e depois retirar do mercado; responder às reclamações no Reclame Aqui; ou ter que se explicar nas redes sociais. Por isso, invista em processos de Design Thinking, reduza custos e aumente o seu faturamento.